PORTOS: ABERTA A TEMPORADA 2022 DE PRIVATIZAÇÕES

PORTOS: ABERTA A TEMPORADA 2022 DE PRIVATIZAÇÕES

O setor portuário brasileiro entrou em uma nova fase no dia 30 de março, com a desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), a primeira da história no setor. Pelos próximos 35 anos, a Quadra Capital (através do Fundo de investimento Shelf 119), vencedora do leilão realizado na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, vai investir pelo menos R$ 850 milhões, sendo R$ 335 milhões na ampliação dos portos de Vitória e de Barra do Riacho.

De imediato, o arrendatário deverá aportar R$ 55 milhões na recuperação estrutural de todo o complexo portuário, R$ 34 milhões na recuperação dos berços dos terminais Peiú e de São Torquato e mais de R$ 270 milhões na modernização do canal de acesso. Também estão previstos R$ 10 milhões como contrapartida na reforma de armazéns e em melhorias urbanas no acesso ao porto.

Independente do potencial de investimento da Codesa, a grande expectativa do mercado diz respeito à “joia da coroa”, o Porto de Santos, com processo de desestatização já encaminhado. Os chineses, que não perdem tempo, já garantiram para si o direito de explorar o terminal STS 11 no Paquetá: no mesmo dia e na mesma B3, a Cofco International arrendou o terminal com o compromisso de torná-lo um dos maiores do país dedicados a granéis vegetais, com capacidade anual para movimentar 14,3 milhões de toneladas. A empresa terá de investir R$ 764,8 milhões na instalação.

Os investimentos contemplam obras em dois berços de atracação – incluindo reforço de cais, dragagem de aprofundamento e aquisição de dois shiploaders -, demolição e construção de novos silos e armazéns, infraestrutura ferroviária e recuperação de prédio histórico no local.

Foto: Divulgação Codesa

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