A Makro Engenharia, com sede em Fortaleza (CE), ficou responsável pela montagem de 51 das 120 turbinas do Complexo Rio do Vento II, em Riachuelo (RN). Esse trabalho, realizado no período de 240 dias, e, particularmente, o dimensionamento dos equipamentos e os planos de içamento realizados, na montagem de componentes eólicos Vestas, de até 71 t a 90 m, valeram à Makro Engenharia a conquista do Top Crane 2021, na categoria Plano de Rigging.
Desafios, evidentemente, não faltaram. Vias de acesso e espaço restritos para a mobilização de equipamentos – e também, em muitos casos, para a estocagem de componentes eólicos (que tiveram que ser montados no próprio transportador). Região serrana, com aclives e declives acentuados, diferentes tipos de solo e, evidentemente, os fortes ventos, que tornam o complexo extremamente competitivo para geração eólica e, ao mesmo tempo, extremamente crítico na fase de montagem.
Para a realização de todas as atividades dentro do Complexo Eólico foram realizados 118 planos de rigging para os equipamentos auxiliares e principais. Os planos de içamento foram embasados em inspeções e estudos de campo, nos manuais de montagem e manutenção das torres, bem como nos manuais de operação e tabela de cargas dos equipamentos. A Área de Rigging da Makro Engenharia utilizou os softwares Autocad, LICCON Work Planner (Liebherr) e Ground Pressure (Sany).
Para atender a alta criticidade das atividades, devido à alta incidência de ventos, as complexas geometrias das cargas e os 90 m de altura das torres, foram dimensionados cinco equipamentos auxiliares: Grove RT765E, Grove GMK 5100, Grove GMK 6220L, Liebherr LTM 1090-4.1, Liebherr LTM 1250-6.1 e Liebherr LTM 1400, todos telescópicos sobre pneu, cujo principal objetivo era de descarregamento, posicionamento e em algumas situações a verticalização dos componentes eólicos na área de estocagem.
Para a montagem da nacelle, drive train, hub, T1, T2 e T3 foram dimensionados dois equipamentos também telescópicos sobre pneus, o Liebherr LTM 11200-9.1 e Liebherr LTM 1500-8.1, onde o de 500 t se limitava na montagem dos tramos T1 e T2 ou dependendo da situação e necessidade do cliente auxiliava nos descarregamentos também.
Para o equipamento LTM 11200-9.1 optou-se por uma configuração que atendia aos requisitos mínimos de vento na região, altura de montagem dos componentes, com capacidade de içamento da peça mais crítica, e que tornasse viável a montagem do mesmo nas torres just time, visto que, em razão das inclinações das vias internas, se tornava inviável o translado com o equipamento completamente montado entre torres.
