TRANSREMOÇÃO: FOCO, QUALIFICAÇÃO E RECURSOS

TRANSREMOÇÃO: FOCO, QUALIFICAÇÃO E RECURSOS

A Transremoção Transportes Pesados, Remoções Técnicas e Armazenamento, com seus 55 anos de história, continua sendo uma grande referência no mercado de movimentação de cargas, exemplar sob vários aspectos, e até mesmo uma grande “escola”, já que por essa empresa passaram grandes profissionais do setor.

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Pedro Gaia, diretor da Transremoção, no pátio da empresa, em São Paulo (SP)

Pedro José Gaia imprime sua marca pessoal na empresa, desde que a adquiriu em sociedade no já distante ano de 1980, quando era então uma pequena transportadora com alguns equipamentos e veículos e apenas sete funcionários. Muitos etapas e desafios foram superados nos últimos 40 anos para que a Transremoção chegasse a 2022 com uma frota renovada e certamente a mais completa do país em sua área de atuação, amplas instalações na sede em São Paulo, um escritório no Porto de Santos e um quadro de pessoal com cerca de 250 colaboradores.

Embora tenha diversificado a gama de serviços ao longo do tempo, todos estão diretamente ligados ao foco central que norteia as ações e investimentos da empresa: a remoção industrial e o transporte pesado ou especial. Desse modo, conseguiu prevalecer em um ambiente bastante competitivo e superar as oscilações da economia brasileira no decorrer dos anos, credenciando-se e estabelecendo parcerias de longo prazo junto a clientes da indústria – um nicho de mercado com demanda permanente, mas também bastante exigente e rigoroso em relação à qualidade dos serviços e segurança das operações.

“Normalmente, são multinacionais, que exigem total certificação dos recursos envolvidos, incluindo cabos e cintas, e total segurança, reforçada ainda mais pela crise da covid. Em alguns casos, as exigências são até maiores do que o regulamento e previsto na legislação”, explica Pedro Gaia. Não há margem, portanto, para acomodação.

Pedro Gaia dirige desde sempre a empresa com algumas premissas básicas: “foco, qualidade no operacional e recursos adequados”. Nesse último ponto, além de, obviamente, equipamentos e veículos, ele faz questão que as instalações da empresa sejam impecáveis, “um espelho”, cujo significado é fácil de entender se soubermos que Pedro Gaia também é um grande colecionador de arte (sim: quadros, esculturas, etc).

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A Transremoção acaba de concluir um novo programa de investimentos, que chegou a R$ 12,5 milhões. “No ano passado, enfrentando a pandemia, priorizamos recursos e renovamos equipamentos diretamente ligados ao nosso negócio de remoção industrial”. Foram adquiridos, dentre outros, um novo pórtico, elétrico e com comando a distância, passando por carretas, empilhadeiras, caminhões, guindautos e guindastes (até mesmo um “tipo aranha” para 8 t), além de macacos, talhas e tartarugas.

O pórtico é o elemento central na operação da Transremoção, que conta com uma linha Lift Systems, com capacidades entre 40 a 500 t. Mas também importantes são os guindastes e empilhadeiras para carga e descarga, montagem do próprio pórtico e colocação das vigas, ou para a própria operação de remoção. “Nem sempre é possível usar pórticos ou mesmo guindastes em função do confinamento da área, portas ou altura do teto – por isso temos guindastes industriais, guinchos elétricos e outros equipamentos, onde consigo movimentar até 300 t”, lembra Pedro Gaia.

O fundamental, diz ele, é que não haja improvisos. “O primeiro passo é fazer uma vistoria da situação. Daí desenvolvemos um estudo de rigging ou enviamos alguns engenheiros para definir a melhor solução. E daí apresentamos o orçamento para o cliente, com os recursos que serão utilizados e a forma como vai ser feita”.

Uma operação com o DNA da empresa 

Um trabalho recente é considerado exemplar por Pedro Gaia. Contratada por uma empresa do segmento aeronáutico, a Transremoção realizou a remoção e transporte de uma máquina de fabricação de componentes única na América Latina, entre um armazém alfandegado em Taubaté (SP) até a planta da empresa em São José dos Campos. Os preparativos da operação e os recursos envolvidos mostram sua complexidade e os rigorosos padrões de qualidade e segurança requeridos.

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Antes mesmo da assinatura do contrato de serviços, foram realizadas cinco visitas técnicas e feitas reuniões a cada 15 dias para alinhamento do cronograma. Finalmente, em julho de 2021, a operação teve início com prazo de execução de cinco dias, começando na segunda feira e encerrando na sexta. O total movimentado chegou a 85 t, em caixas fechadas (a maior com 48 t) e todas necessitando licença de trânsito e, a de maior dimensão, duas escoltas. Esse último transporte teve que ser realizado em duas etapas: por rodovia (até às 18 h); e trecho urbano, com interdições de vias, com auxílio da companhia de trafego, concessionaria da Rodovia e PRF após às 22 h .

Cumpridas as exigências de adequação às normas ISO, licenças ambientais e demais solicitações do cliente, o principal desafio, diz Marcelo Amate, gestor da Transremoção responsável pelo contrato, foi a adequação do cronograma de chegada dos mesmos equipamentos da Transremoção a serem montados nas duas pontas do trajeto. Ou seja: no prédio, onde foi feita a carga, e no seu destino, no local em que foi feita a descarga e remoção, até o ponto final de posicionamento.

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“Tudo em um prazo curtíssimo e um transporte extremamente delicado por se tratar de equipamento eletrônico altamente sensível à movimentação”. Operação requereu a mobilização de todos os equipamentos no dia anterior, assim como Plano de Rigging e ART, além do processo de integração de todos os envolvidos duas semanas antes da execução dos serviços.

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Dentre os recursos envolvidos, pode-se destacar, na remoção: dois pórticos (400 e 500 t); linha de eixo autopropelida; dois guindautos (18 t), um guindaste TM120 (24 t); duas empilhadeiras (7 e 16 t); uma plataforma elevatória E 450; três equipes de remoção, dois técnicos de segurança, dois supervisores e um carro de apoio. No transporte: um conjunto de linha de eixo 10 e outro autopropelido; quatro carretas prancha e três carga seca; um caminhão trucado e dois carros de escolta.

Leia também: Um guindaste sobre caminhão para 44 t

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