RELATÓRIO DO PLANO DE RIGGING

RELATÓRIO DO PLANO DE RIGGING

Por: Leonardo Scalabrini (*)

Após todas as etapas do planejamento de um içamento: análise das tabelas de cargas e a escolha do guindaste e suas configurações; simulações e desenhos em 2D e 3D; os cálculos e a definição da amarração da carga e os cálculos do patolamento; para finalizar a elaboração do documento final, é emitido o relatório ou o memorial descritivo do Plano de Rigging.

Este documento tem como objetivo consolidar todas as informações de forma clara e objetiva para permitir a leitura e interpretação de todos os profissionais envolvidos nas operações de içamento e movimentação de cargas:

  • Operadores dos Guindastes
  • Sinaleiros e Ajudantes
  • Riggers
  • Equipe de Segurança
  • Responsável pela Área
Na Figura 1 (acima) – Informações gerais do planejamento no Software da CRANEBee

Ainda não há norma regulamentadora ou norma técnica que determina exatamente como o relatório do Plano de Rigging deve ser organizado. Entretanto, é possível apontar que os itens abaixo descritos devem estar – obrigatoriamente – presentes no memorial descritivo:

  1. A) DADOS GERAIS

Informações sobre a carga a ser içada, seu peso e a referência (informação de onde veio tal peso). Informações sobre o local de trabalho, bem como a área e ainda do Responsável pela Área do serviço.

  1. B) DETALHAMENTO OPERACIONAL

Todas as informações sobre as configurações do guindaste em uso. Desde o seu modelo e capacidade nominal, passando pelas configurações de patolas, comprimento de lança, raio de trabalho, capacidade de içamento, peso total da carga e finalizando com o fator de segurança da operação e a taxa de utilização do guindaste.

  1. C) TABELA DE CARGA DO GUINDASTE UTILIZADO

Cópia da página da Tabela de Cargas específica do guindaste em uso.

  1. D) AMARRAÇÃO DA CARGA E DIMENSIONAMENTO DOS MATERIAIS DE IÇAMENTO

Informações sobre a forma de amarração da carga. A quantidade e dimensões dos materiais de içamento e seus tipos/características. Ângulo de Amarração, Tensões e Forças Aplicadas.

  1. E) PATOLAMENTO E CARGA NO SOLO/TERRENO

Informação da carga máxima por patola aplicada no solo/terreno. Materiais de Patolamento: Dimensões e Quantidades. Resistência Mínima Exigida do Terreno.

  1. F) DESENHOS

Representação gráfica em escala das vistas superiores e vistas frontais/laterais de todas as etapas da operação; representação gráfica da forma de amarração da carga.

  1. G) APROVAÇÃO

Nome e Qualificação dos Profissionais envolvidos na Elaboração do Plano de Rigging.

Além destes dados citados, um bom Plano de Rigging também pode apresentar em seu documento final o Cálculo da Velocidade do Vento, as Observações Gerais e Segurança da Operação, a Descrição da Operação e a cópia das Tabelas dos Materiais de Içamento Utilizados.

E como utilizar o recurso de relatórios nos softwares para Planos de Rigging?

As aplicações específicas, em conjunto com seus bancos de dados embarcados, permitem aos usuários armazenar em tempo real as escolhas realizadas no processo do planejamento do içamento. O que facilita e proporciona ganho de tempo na confecção final do relatório.

Por exemplo, ao escolher dentro do software uma configuração da tabela de cargas, não é necessário digitar ou copias os dados para uma planilha ou tabela de um editor de textos ou para o CAD. Automaticamente os dados são carregados na função relatório, bastando ao profissional que elabora o Plano de Rigging, completar com algumas informações como os dados gerais do içamento ou observações específicas do estudo que está sendo realizado.

Figura 2-Software-Crane90
Figura 2 – Informações gerais do planejamento no Software da LiftPlanner

 

Também, há a possibilidade de os softwares guardarem as preferências dos materiais de içamento e de patolamento utilizados, exatamente conforme o disponibilizado nos locais de trabalho.

E por último, destaca-se que os cálculos das Taxas de Utilização, Fator de Segurança, Cargas das Patolas ou Esteiras, e até mesmo os cálculos da amarração (disponível, por exemplo, no Software kranXpert) são levados para o memorial descritivo.

Portanto, embora o uso de um Software para Planos de Rigging não ser imprescindível para o processo de planejamento do içamento e movimentação da carga, essa tecnologia é uma parte crítica de um içamento realizado com segurança e logo, bem-sucedido.

Vale lembrar novamente, que o mercado sempre exige de planejamentos, de relatórios e de informações cada vez mais detalhados sobre o guindaste, a carga, o local de trabalho e a equipe envolvida. O uso dos Softwares para Planos de Rigging resultam em mais competitividade e excelência.

Foto Leonardo ScalabriniLeonardo Scalabrini, estuda e desenvolve projetos de tecnologia para o segmento de içamentos e guindastes, área na qual atua desde 2000. Contatos: leoscalabrini@gmail.com

 

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