Em qualquer operação de içamento, um dos procedimentos iniciais básicos é o correto posicionamento do guindaste. Geralmente, um fator determinante é a área de trabalho, que pode ser limitada para a movimentação do equipamento ou não apresentar a sustentação necessária ao seu patolamento seguro. Em muitos casos, essa questão é resolvida com o super-dimensionamento do equipamento – o que, inevitavelmente, acarreta elevação de custos operacionais.
Contratada por uma empresa de engenharia para fazer o içamento de aço e materiais diversos para montagem de tanques na obra de uma instalação de papel e celulose, em Três Lagoas (MS), a Gonçalves Guindastes, tradicional locadora brasileira, sediada em São Paulo (SP), propôs uma solução diferente.
A ideia, que parece simples depois de executada com êxito, foi a seguinte: ao invés de fazer o içamento à distância, a locadora, com base em um estudo de viabilidade, que estabeleceu (e reduziu) a capacidade do equipamento que iria realizar os içamentos, fez o seu patolamento dentro dos tanques – reduzindo o valor hora (com redução da ordem de 80% nos custos inicialmente previstos) e 20 dias na montagem de cada tanque.
Esses içamentos, de até 25 m, realizados dentro dos tanques, foram realizados tranquilamente com a utilização de um guindaste de menor porte – um Tadano, modelo TL 300, com capacidade de 30 t. Um segundo equipamento, Tadano FAUN, modelo ATF 220 G-5, e capacidade para 220 t, só foi utilizado para içar e posicionar o TL 300 dentro dos tanques – algo obtido em meio período de trabalho. O verdadeiro protagonista da operação foi mesmo o guindaste de 30 t, que manteve-se mobilizado por um período de dois meses.
O Plano de Rigging foi realizado pela empresa de engenharia responsável pela montagem do projeto e a operação contou com equipe técnica da Gonçalves Guindastes, que reuniu engenheiro mecânico, técnico de segurança, Rigger, operadores de guindastes e ajudantes.