MAMUTH RECEBE GUINDASTE XCMG PARA 650 T

MAMUTH RECEBE GUINDASTE XCMG PARA 650 T

A entrega técnica do guindaste XCMG com capacidade de 650 t para a empresa Mamuth acabou se transformando em um grande encontro de locadores. A cerimônia ocorreu, dia 16 de fevereiro, nas instalações da XCMG, na cidade de Guarulhos, em São Paulo (SP). A grande expectativa entre os empresários do setor se justifica: o modelo QAY 650 A é o primeiro da marca a chegar na América do Sul.

Trata-se de um importante diferencial para todo o mercado, numa faixa intermediária entre a classe de 500 t (razoavelmente comum no país) e guindastes com capacidade de 750 t ou maior. Além do que, pode significar uma outra opção de fornecimento de guindastes de maior porte e daí a grande curiosidade em relação ao estágio tecnológico atual da fabricante chinesa.

Wang Yang Song (XCMG)- Laércio Marsochi ( Mamuth)
Wang Yang Song (XCMG), com Laércio Marsochi, CEO da Mamuth

Durante a cerimônia, o vice-presidente mundial e presidente da XCMG Brasil, Wang Yang Song, afirmou que a empresa pretende trazer novos guindastes e investir em peças e suporte pós-venda para estabelecer uma relação de “ganha-ganha” com seus clientes. A XCMG, lembra Geraldo Peleje, gerente comercial da subsidiária brasileira, tem guindastes todo terreno com capacidade de até 1800 t. E de 2 mil t, sobre pneus ou com lança telescópica. Além dos modelos com lança treliçada de até 4 mil t métricas.

XCMG-650t

O modelo QAY 650, com uma lança fixa de 92 m e mais um lufting jib de 91 m, conta também com um dispositivo especial para trabalhos eólicos (wind power jib), que potencializa sua capacidade de elevação, já que permite ao equipamento trabalhar com raios mais curtos. Ele possui 197 t de contrapeso, oito rodas, eixos direcionáveis e é equipado com dois motores Mercedes Benz, embaixo e na parte superior, e vem também com patolamento duplo tipo gôndola para aumentar sua estabilidade e apoio no solo.

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Wind power jib

Apesar de não integrar a nova linha XCT, ele tem a vantagem de ter sido amplamente testado em várias operações ao redor do mundo. “É um equipamento de ponta, na China já foram fabricadas mais de 140 unidades. E é o guindaste nessa classe mais maduro que a XCMG tem hoje e escolheu trazer esse modelo para o Brasil devido ao seu grande sucesso na China”, explica Geraldo Peleje.

Não por acaso, a Mamuth irá inaugurar essa nova fase da XCMG no Brasil. A locadora é a maior frotista de guindastes da marca no país (70 equipamentos) e Márcio Marsochi, que responde pelo suporte técnico de toda a frota, é um grande entusiasta da XCMG. “Trabalhamos com guindastes XCMG desde 2007 e nunca tivemos sequer uma trinca, a parte estrutural deles é muito boa.  Quanto à hidráulica, nessa nova máquina, a grande parte é de marcas renomadas, alemãs principalmente. O motor é Mercedes, a transmissão é ZF eixo Kessler, por exemplo. O trem de força também é simular ao Grove, ao Terex e Liebherr”.

De posse de toda documentação, em português, ele acredita que a manutenção dela vai ser simples. “Eu tenho um feedback bastante positivo para mim em termos de suporte. E grande confiança nessa máquina, nós não vamos ter problemas com ela não”. De qualquer modo, lembra ele, o contrato de compra prevê duas ações adicionais de suporte, que foram aceitas e já implementadas pela XCMG: um estoque suplementar de peças (incluindo os principais componentes eletrônicos) e apoio da fábrica nessa fase inicial de operação.

“Vieram quatro técnicos, que estavam montando máquinas como essa no Marrocos e na Índia”, explica Geraldo Peleje. “Além de treinamento, eles vieram para acompanhar, durante seis meses, as primeiras operações, até que o cliente se sentir bem à vontade com o equipamento. E vamos oferecer isso a qualquer cliente que adquirir equipamento desse porte no Brasil”.

Para a Mammuth significa um grande salto em sua capacitação técnica, até então limitada a 250 t. Segundo o gerente comercial, Ricardo Mok, com a frota mobilizada em todo país, em particular em grandes minerações no interior de Minas Gerais e no Norte do Pará, a locadora terá agora condições de atender, com recurso próprio, demandas que vinha repassando a parceiros no mercado. Permitirá também que entre em novos mercados, como o eólico, por exemplo.

“Já estamos negociando. Temos agora condições de entregar uma solução completa para o mercado até 650 t. Em diversos segmentos, na mineração, siderurgia, papel, e também entrar um pouco no mercado de energia hidráulica e eólica”.

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