EMPILHADEIRA: UMA OPERAÇÃO SEM LACUNAS

EMPILHADEIRA: UMA OPERAÇÃO SEM LACUNAS

Por: Camilo Filho*

Operadores de empilhadeiras, manipuladores, incluindo também equipamentos específicos, tais como os reachstackers e rebocadores industriais (tais como os usados nos aeroportos), devem ser treinados e certificados. Para certificar-se, cada funcionário deve obter os conhecimentos e habilidades necessárias para compreender as leis físicas e os elementos e procedimentos operacionais seguros para movimentação de cargas – sejam horizontais ou verticais. O entendimento do gráfico de carga ou da tabela, a inspeção pré-operacional, a verificação do solo e as condições de periculosidade do ambiente, como redes elétricas vivas, são cruciais.

O programa de treinamento deve se basear no conhecimento prévio do treinando, no tipo de equipamento utilizado e nos riscos da área de trabalho em que vai atuar. O manual e orientações do fabricante da empilhadeira devem ser revistos e as recomendações de segurança seguidas. Eu, particularmente, recomendo a exibição de vídeos, discussão em grupo e exercícios práticos.

Conhecimento do equipamento

O aluno também deve estar familiarizado com os tipos básicos e funções da empilhadeira, além de entender seus diagramas de carga, fatores de segurança, as forças que causam seu tombamento, e ter noções sobre o projeto e o “triângulo” de estabilidade.

Considerações de treinamento adicionais devem incluir os critérios de seleção da empilhadeira apropriada, a compreensão da importância do checklist e os procedimentos a seguir, caso o equipamento entre em regime de tombamento.O treinamento deve também abranger as propriedades do gás propano líquido, procedimentos para o reabastecimento e outros relacionados com questões de segurança, no tocante a válvulas de serviço, válvulas de segurança e troca e carga de baterias.

Não se pode deixar de indicar claramente aos treinandos que uma pessoa nunca deve ficar ou passar sob os garfos de carga elevados, estejam eles carregados ou não.E que ninguém, que não seja treinado, pode em hipótese alguma subir na empilhadeira – sendo terminantemente proibido dar carona na mesma.

Outro alerta: quando a empilhadeira é estacionada e está sem operador, os garfos devem estar totalmente abaixados, inclinados para a frente, os controles em neutro, os freios aplicados e a chave deve ser retirada da ignição. As rodas também devem estar com calços se a empilhadeira estiver estacionada em uma inclinação.

Visão clara do trajeto a ser percorrido

Os operadores devem manter uma visão clara do caminho durante o trajeto e nunca estacionar dentro de uma faixa de 2,5m a partir do centro da linha férrea. Em todos os pendentes, o operador deve também conduzir a carga com a torre inclinada para trás, em subidas ou descidas com mais de 10%. A carga deve ser transportada sempre o mais próximo do solo possível.

O empregador deve certificar-se de que o colaborador tenha recebido o treinamento e passado pelas avaliações necessárias para operar o equipamento. A certificação deve conter ao menos o nome do operador, as datas do treinamento, a data da avaliação e a identidade da pessoa responsável pela formação do operador, bem como sua avaliação.

Avaliação bianual de capacitação

Os empregadores devem realizar avaliações no máximo a cada dois anos. Além disso, treinamento de reciclagem deve ser fornecido se o operador é pego trabalhando de forma insegura, se esteve envolvido em um acidente ou quase acidente, se houve mudanças de local de trabalho, ou a empilhadeira é de um tipo diferente.

O empregador pode contratar uma terceira parte, se a entidade de treinamento apresenta um programa de formação em conformidade com o padrão. Sem esquecer de manter registros de seu conteúdo de treinamento, de reciclagem e as avaliações.

Trainees podem operar uma empilhadeira, apenas onde tal operação não colocará em risco o trainee ou outros funcionários. Deverá estar sob a supervisão direta de alguém que têm o conhecimento, a formação e a experiência de treinar operadores e avaliar sua competência.

Empregados que são experientes, certificados e que foram treinados para usar um determinado tipo de empilhadeira não precisam receber treinamento duplicado adicional se operarem um equipamentocom características semelhantes. O manual do fabricante deve ser analisado para verificar a necessidade de treinamento complementar.

Existem vários tipos de empilhadeiras, dentre elas podemos destacar: as de torre baixa, as de torre alta tríplex, as elétricas para almoxarifado, as todo-terreno e as rebocadoras industriais.

 

Camilo Filho é engenheiro mecânico, especialista em içamentos pesados, com 39 anos de experiência em operações com guindastes e movimentação de carga. Com vários cursos na área feitos no exterior, é responsável por vários trabalhos de grande envergadura no Brasil e no exterior. Atualmente é consultor da IPS – Engenharia de Rigging, é também membro da ACRP (Association of Crane & Rigging Professionals-USA).

 

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