CORRIDA CONTRA O RELÓGIO

CORRIDA CONTRA O RELÓGIO

Três fabricantes de caminhões, correndo contra o relógio das emissões, anunciaram, no início do ano, três diferentes alternativas aos combustíveis fósseis. A Volvo Trucks revelou uma nova plataforma de caminhões pesados para o mercado norte-americano, paralelamente a uma nova gama de caminhões pesados para a Europa, Austrália e mercados na Ásia e África.

São modelos energeticamente eficientes – incluindo caminhões movidos a eletricidade e combustíveis renováveis – que reduzirão as emissões de CO2 e aproximarão a empresa do objetivo de ter uma gama de produtos com emissões líquidas zero até 2040. “Esta é uma medida ousada”, reconhece Roger Alm, Presidente da Volvo Trucks.

O primeiro a sair é o novo modelo Volvo VNL, que substitui o caminhão mais vendido da Volvo no mercado norte-americano para transporte de longa distância. As vendas estão previstas para começar no final do primeiro trimestre de 2024.

Na Europa, Austrália, Ásia e África, a Volvo está lançando o novo Volvo FH Aero – otimizado para transportes pesados com eficiência energética (foto acima). O novo Volvo FH aerodinâmico, que reduz o consumo de energia e as emissões de CO2 em até cinco por cento, vem com uma variedade de sistemas de propulsão, incluindo elétricos, biogás e diesel. Estas economias somam-se às significativas tecnologias de redução no consumo de combustível introduzidas nos últimos anos. O novo Volvo FH Aero será lançado mercado a mercado durante 2024 e 2025, com vendas a começar no primeiro trimestre de 2024.

man elétrico

Já a MAN em “edição limitada” do modelo 2024 lançou o primeiro caminhão elétrico adequado para transporte de longa distância e afirma que esse lote quase se esgotou pouco mais de três meses após o lançamento das vendas.

Já foram recebidos 700 pedidos e solicitações de pedidos para MAN eTGX e MAN eTGS. Os primeiros eTrucks serão lançados para os clientes já em 2024

Os eTrucks caracterizam-se pelo seu conceito de bateria modular, que permite o equilíbrio adequado entre carga útil, com os tipos mais comuns de superestruturas, e autonomia diária de até 800 Km.

O plano é que metade de todos os novos caminhões MAN entregues na Europa sejam movidos a eletricidade até 2030. “Tanto a indústria quanto os frotistas estão prontos para dar uma contribuição decisiva para a luta contra as alterações climáticas. No entanto, precisamos urgentemente de uma infraestrutura pública de carregamento adequada para que o transporte rodoviário de mercadorias neutro em CO2 possa ganhar velocidade e os clientes não fiquem desiludidos com a euforia inicial”, afirmou Alexander Vlaskamp, CEO da MAN Truck & Ônibus.

scania gás

A questão do abastecimento é central da proposta da Scania, completamente diferente em alternativa energética e já adaptada à realidade brasileira. A fabricante firmou com a Eneva e Virtu GNL um contrato de aquisição de caminhões a gás natural liquefeito (GNL), como primeiro e importante passo para criar o maior corredor logístico rodoviário com foco na redução de emissões de CO2, abrangendo inicialmente as regiões Norte e Nordeste do país. A parceria prevê que a Eneva forneça o GNL, além de utilizar o próprio GNL para transporte de suas cargas, a Scania atue como provedora da solução de transporte, e a Virtu GNL seja a fornecedora de serviços logísticos de descarbonização, envolvendo a operação dos caminhões e postos de abastecimento.

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