CALDEIRA PARA PLANTA DE CELULOSE

CALDEIRA PARA PLANTA DE CELULOSE

Três guindastes Tadano sobre pneus – dois GR-1000XL-2 (90,7 t) e um ATF220G-5 (220 t) -, em alternância com um Manitowoc sobre esteiras – M 18000 (800 t) – foram empregados na montagem de uma caldeira de recuperação em uma planta de celulose e papel na cidade de Três Lagoas (MS). A operação, realizada em 2017, pela Enesa Engenharia, empresa de engenharia paulista, envolveu o içamento de componentes – entre 12 e 191 toneladas de peso –  do equipamento – considerado o maior da América Latina – a alturas de 70 a 123 metros.

Esse tipo de caldeira é empregado para a recuperação de energia, através da queima de licor preto, subproduto do processo de fabricação de celulose, para a produção de vapor destinado à geração de energia elétrica. O equipamento foi adotado  para reduzir os custos e impactos ambientais decorrentes da elevada demanda de energia elétrica pelas industrias do setor.

Mobilização e instalação

O Manitowoc M18000 foi fornecido e operado pela Guindastes Tatuapé, de São Paulo (SP), que também realizou a montagem da estrutura metálica que cerca a caldeira e de seus pisos superiores. O guindaste foi montado e desmontado pelos Tadano GR-1000XL-2 e ATF220G-5. O transporte de algumas peças, da área de pré-montagem para a área de montagem (ao lado da estrutura metálica) foi realizado por uma linha com 18 eixos que, assim como os guindastes Tadano, foi fornecida pela locadora Brasil Lau Rent, subsidiária da Enesa.

O componente de menor peso – 12 toneladas – foi o painel tubular ou “nariz” da caldeira de recuperação verticalizado pelos GR-1000XL-2 e içado pelo M18000, para o interior da estrutura metálica, onde foi transferido para um conjunto de talhas tipo catraca, para sustentação provisória.

As paredes da caldeira são compostas por feixes tubulares (tubos com  41 mm de diâmetro) e membranas em chapas de aço. A parede frontal, com 30 toneladas, 19,44 metros de comprimento e 9,9 metros de largura, foi verticalizada pelo ATF220G-5 e içada pelo M18000. As paredes frontais intermediárias, com peso de 32 toneladas, 26 metros de comprimento e 6,5 metros de largura, foi verticalizada pelos dois GR-1000XL-2 e içada pelo M18000. A altura do içamento das paredes foi de 123 metros.

O Tadano GR-1000XL-2 e o Manitowoc M18000 também içaram as 5 peças do Boiler Bank (aquecedor), com 12 toneladas cada, a 72 metros de altura, operação em que a complexidade geométrica da peça dificultava a determinação de seu centro de carga. No interior da estrutura, o boiler também foi transferido para talhas catraca, já na altura de instalação, de 56 metros.

Já o bloco do economizer (trocador de calor), pesando 42 toneladas e com 22,8 metros de comprimento e 3,4 metros de largura, vinha acondicionado em um skid metálico. A estrutura foi verticalizada pelo ATF220G-5, que sustentou a peça enquanto o M18000 removia o skid, para depois realizar seu içamento a 123 metros de altura.

O Steam Drum ou Balão de Vapor foi a peça mais pesada, com 191 toneladas. Para seu içamento, a Enesa projetou e fabricou um balancim especial, pesando 1,5 tonelada e com capacidade de carga de 250 toneladas. O conjunto foi içado pelo M18000 a 72 metros de altura. Após uma manobra lateral, o guindaste posicionou a peça sobre uma plataforma elevatória a 70 metros de altura.

 

 

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