BOAS PRÁTICAS PARA TRANSPORTES ESPECIAIS

BOAS PRÁTICAS PARA TRANSPORTES ESPECIAIS

Um mar separa o Brasil da Europa. Então, a princípio, a proposta de um guia de boas práticas para o transporte de componentes eólicos só indiretamente interessaria aos transportadores do país. Ocorre que o guia (“Best Practice Guide for the transport and installation of onshore wind turbines”) publicado em março pela ESTA , a associação europeia do setor, vai muito além do que se propõe. Já que não se limita ao transporte de componentes eólicos.

guia ESTAA referência só é feita para tipificar uma operação que se tornou bastante freqüente entre as empresas do setor. E que, portanto, apresenta os mesmos desafios de qualquer transporte de cargas de grande peso ou dimensões. Outra razão é o grande número de acidentes que tem sido registrado na Europa envolvendo o transporte de componentes eólicos.

“Simplesmente, houve muitos acidentes e incidentes no mercado eólico onshore. Mesmo um acidente é demais. O principal objetivo de todo o nosso trabalho é aumentar a segurança e melhorar a eficiência, que estão intrinsecamente ligadas”, explica David Collett, presidente da ESTA.

Com esse objetivo, a ESTA e a VDMA (a associação alemã de fabricantes), que também subsidia o novo guia, propõem subsídios para a padronização das regulamentações acerca dos transportes especiais nos vários países membros da Comunidade Europeia. “Estamos tentando destacar os riscos e o impacto negativo de um mau planejamento. Uma das características do documento e do nosso trabalho é enfatizar a importância do engajamento antecipado de todas as empresas que trabalham em um projeto, especialmente das empresas de transporte e elevação”, diz Collett.

No que diz respeito à regulamentação, basta conferir alguns dos objetivos do novo Guia de Boas Práticas: agilidade e critérios únicos para a obtenção de licenças, harmonização da sinalização e no uso de batedores, estabelecimento de “corredores” para esse tipo de transporte, e desburocratização de procedimentos aduaneiros, dentre outros.  O capítulo 8 envolve também propostas de parâmetros para a circulação de módulos autopropelidos, guindastes móveis e o transporte de contrapesos em caminhões.

Nesse caso, os transportadores brasileiros talvez encontrem referências para subsidiar o debate “carga por eixo x peso total”, nas operações. E, com certeza, encontrarão parâmetros importantes para definição de limites na mobilização de equipamentos por via rodoviária.

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O documento detalhado de 52 páginas é o resultado de mais de três anos de trabalho. Está disponível para download gratuito no site do ESTA www.estaeurope.eu ou da Crane Brasil. http://cranebrasil.com.br/wp-content/uploads/2020/06/abnormal_transport_guidelines_en.pdf

 

 

 

 

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