IÇAMENTOS: A IMPORTÂNCIA DA CONSCIENTIZAÇÃO

SEGURANÇA

Por Redação Crane Brasil (*)

José Carlos Rezende (Tadano), Leandro Moura (Manitowoc), Júlio Simões (SINDIPESA) e Cesar Schmidt (Liebherr)

Dia 4 de dezembro, o SINDIPESA reuniu no auditório do Palácio dos Transportes, em São Paulo, locadores e três fabricantes de guindastes, Liebherr, Manitowoc e Tadano, em seminário sobre “Segurança em Operações de Içamento”. “O evento foi muito bom”, avaliou Júlio Simões, presidente do SINDIPESA e da Locar Guindastes e Transportes Intermodais. “O tema segurança é muito importante e a ideia é criar um grupo de trabalho específico sobre segurança, independente do fabricante e do sindicato. Investir nos clientes, para que atuem de forma segura”.

José Carlos Rezende, gerente de suporte da Tadano, lembrou que somente a tecnologia embarcada na nova geração de guindastes não é suficiente para evitar acidentes com guindastes. Ele citou estudo da HaagEngeneering dos EUA, comprovando que, dos 716 acidentes com guindastes ocorridos entre 1983 e 2015, 94% tiveram algum tipo de intervenção humana nas suas causas

Segundo José Carlos é necessário investir em equipamentos com tecnologia de ponta, mas também conscientizar as empresas sobre o grande risco envolvido nos içamentos de cargas. Ele lembrou a importância de treinamentos frequentes e programas de capacitação dos operadores, associados a uma política interna de inspeções e manutenções preventivas e corretivas dos equipamentos, seguindo as recomendações dos fabricantes. De acordo com ele, muitos acidentes poderiam ser evitados se os equipamentos passassem por um check-list básico: verificação de desgaste acentuado nos cabos de aço; trincas na lança, quebra dos parafusos do rolamento de giro, mangueiras ressecadas e falta de graxas nos pontos críticos.

Sobre a operação em si, ele reforçou a importância do planejamento e o fim da cultura do by pass, que só está instalado no equipamento, fora da cabine, para situações específicas, como a reativação do equipamento na obra. “Se não for seguro, não faça”, enfatizou José Carlos.

Cesar Schmidt, gerente da divisão de guindastes móveis da Liebherr, lembrou que a diretiva européia para equipamentos e o padrão estabelecido (a EM 1300) que, inclusive, norteia a fabricação de equipamentos, já prevê metodologia e recursos tecnológicos para mitigar o número de acidentes. E os usuários devem entender a importância de se trabalhar com momento de tombamento de 75%, onde ela pode ir a 110% de sua capacidade, porém monitorada, com todos os sistemas de segurança ativos – o que não ocorre quando ela trabalha com 85%. “É um risco muito grande e a gente espera que 75% seja assimilado pelo mercado, buscando reduzir o número de acidentes com as máquinas, por estarem menos expostas ao risco, e que isso também seja considerado para redução de seguro nas operações”.

Leandro Moura, gerente de marketing da América Latina da Manitowoc, lembrou que a empresa disponibiliza uma grande literatura para aumentar o nível de segurança das operações. Caso do Manual de Segurança, Tabelas de Cargas, Treinamento dos Operadores, Monitoramento das Operações que estão disponíveis para que tiver interesse. Ele lembrou que situações limites, específicas, onde o equipamento pode operar acima da tabela de carga, devem contar com o aval do fabricante”.

(*) Colaboração: Karen Feldman Cohen, assessora de imprensa do SINDIPESA

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

error: Conteúdo com direito autoral
×