A CONFIANÇA DA INDÚSTRIA NA RETOMADA

Por Redação Crane Brasil

Rene Porto
Rene Porto

Rene Porto, gerente divisional de guindastes móveis da Liebher Brasil, diz que 2020, embora desafiador, em virtude da pandemia, acabou sendo positivo, superando até as expectativas. A Liebherr, lembra ele, adotou novos procedimentos, internamento e no atendimento aos clientes e ainda realizou treinamentos online e worshops de produtos. “Com uma vacina comprovadamente eficaz, mas eu entendo que 2021 vai ser um  muito positivo com essa demanda, as obras já programadas e a necessidade de nossos clientes de renovarem a sua frota”.

Anilton Leite
Anilton dos Santos

Para Anilton dos Santos, Gerente de Vendas da Tadano e Demag Brasil, o ano de 2020 se dividiu em três períodos distintos. Um primeiro trimestre bom, com a apresentação conjunta das duas marcas e a negociação na Conexpo das primeiras máquinas. A partir de março, todos os esforços da Tadano Demag se voltaram para manter o atendimento técnico e o suporte de peças na melhor forma possível nos limites impostos pela pandemia. E, finalmente, no final do ano, um processo de recuperação no setor, com mais negociações e participações em projetos. “Esperamos daí uma melhor virada para o próximo ano. Existe um pipeline de projetos muito bom. E a gente acredita e vê que nossos clientes, locadores, têm aumentado sua utilização da frota, tem trabalhado e participado desse crescimento.”

Rogerio de Antoni
Rogerio de Antoni

Rogério de Antoni, diretor-presidente da Hyva do Brasil, lembra que o ano de 2020 iniciou com uma promessa bastante grande, tanto que a empresa projetava um crescimento de mais de 30% em suas operações. Com a pandemia, a empresa teve que parar 20 dias, mas, no decorrer dos meses, o mercado reagiu rapidamente e o balanço da empresa acabou sendo bastante positivo, com crescimento da ordem de 15%. Para 2021, diz ele, as perspectivas são muito promissoras. Hoje, o nosso driver é o mercado agrícola e o mercado de locação. “Acreditamos em uma recuperação no mercado de construção civil e também no de infraestrutura. A Hyva está se preparando para isso com novos lançamentos, com investimentos que nós não bloqueamos em 2020 em função da pandemia. E pretendemos colher os resultados já no próximo ano de 2021.”

Ricardo Beilke
Ricardo Beilke

Ricardo Beilke Neto, gerente de Guindastes da Terex para a América Latina, também percebeu um processo de retomada ao longo dos últimos meses do ano, com os novos processos de flexibilização e os protocolos de segurança já implementados. Segundo ele, a Terex, desde o início da pandemia vem investindo em diversas regiões e setores e acelerou o desenvolvimento de ferramentas de atendimento digital. Também realizou diversos webinars fortalecendo sua programação de treinamento à distância. E conseguiu manter todo o seu quadro de team members para atendimento e suporte de na região. Para ele, as perspectivas para 2021 são muito boas porque existe uma demanda reprimida no mercado de elevação de cargas. “Temos uma única preocupação entre o ajuste da velocidade de investimento versus a disponibilidade de equipamentos. Pois, como a gente já vem percebendo, há uma falta de equipamentos no mercado”

Esse problema foi vivenciado, já em 2020, por Deivid Garcia, gerente de vendas de guindastes da XCMG Brasil. A empresa se surpreendeu com a reviravolta do mercado entre o final de julho e agosto e se viu sem condições de atender de imediato a demanda por equipamentos nas classes de 70 a 100 t. Para 2021, a empresa está se preparando, pois também compartilha da visão de que será um ano muito bom.

Deivid Garcia
Deivid Garcia

Em razão da falta de alguns insumos no mercado e da alta da demanda da linha amarela, também fabricada na fábrica em Pouso Alegre (MG), a XCMG decidiu importar guindastes de 80, 90, 100, 130 e 220 t – e as primeiras unidades, de 80 e 90 t, já chegaram ao Brasil. Além disso, nessa nova fase, uma grande novidade: “Em 2021, a XCMG  também vai atuar no segmento de grandes capacidades, unidades com capacidade acima de 300 t, e já está se movimentando para isso.”, antecipa Deivid Garcia.

Luciano Dias
Luciano Dias

Luciano Dias, Diretor de Vendas da Manitowoc Cranes Brasil, também sentiu uma grande alta na demanda no segundo semestre de 2020, até porque a construção civil não parou drasticamente como outros segmentos. A falta de equipamentos só não foi resolvida naquele momento por conta do câmbio, desfavorável à aquisição de bens de capital importados. Por conta disso, muitos investimentos na frota foram postergados para 2021. De qualquer modo, diz ele, do ponto de vista do fabricante, 2020 foi um ano importante no que se diz respeito ao pós venda: o incremento da utilização aumentou o comercio de peças e serviços.

Segundo ele, a expectativa para 2021 é a mesma do final de 2019. “Conseguimos enxergar claramente a necessidade de renovação de frota uma vez que a utilização das locadoras está aumentando e a frota do Brasil é relativamente antiga com média de 8 a 10 anos de idade”. Para suprir o mercado, ele anuncia que a Manitowoc está se estruturando para comercialização de equipamentos seminovos.

Na área de plataformas elevatórias, Fabiano Fagá, gerente de vendas senior para a América do Sul na Genie, o segundo trimestre de 2020 foi o mais impactado, atingindo em abril o ponto mais baixo em termos de demanda de mercado. Porém, mês a mês, o mercado foi se recuperando e chegou em outubro e novembro a níveis pré-pandemia.

Marcelo Faga
Marcelo Fagá

Ele lembra que a Genie manteve sue suporte a mercado lançou equipamentos ao longo do ano e chega pronta para os desafios do próximo ano. “O mercado se mostra preparado para uma renovação de frota e para um novo ciclo econômico de crescimento. Já temos previstos lançamentos de produtos que trarão ao mercado e aos nossos clientes vantagens e diferenciais para suas frotas.”

Andre Carrion
Andre Carrion

Para André Carrion, diretor do Grupo Crosby no Brasil, 2020 foi um ano difícil em todos os segmentos. Ele acredita, no entanto, que a empresa conseguiu oferecer conhecimento e conteúdo de qualidade ao mercado. “Ganhamos sem dúvida uma participação importante em manilhas Crosby com nosso estoque em São Paulo”, diz ele. Para 2021, a perspectiva é de uma recuperação do mercado aos níveis de 2019 e uma expansão na comercialização de materiais de içamento e incremento nas ações de treinamento, com base nas demandas previstas nos segmentos de  construção, metalurgia, energia onshore (eólica) e offshore ( eólica e óleo e gás).

Saiba também qual o balanço e as perspectivas dos locadores e transportadores do segmento

 

 

 

 

 

 

 

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