Com a globalização cada vez maior da economia mundial, as chamadas tradings ganharam uma importância fundamental no comércio internacional. Não há nenhum segmento da indústria que não dependa delas, em maior ou menor escala, para suas operações. Para ficar em um exemplo e em áreas específicas de atividade, basta dizer que somente a Timbro trouxe ao país 613 equipamentos pesados em 2023, incluindo linha amarela e guindastes, e não incluindo, por exemplo, plataformas elevatórias (cerca de 400 unidades).
O segredo dessa performance, que lhe garante a liderança nessa área de negócios entre seus concorrentes, segundo Fernando Berzoini Smith, diretor da Timbro (foto), depende de vários fatores, mas o principal deles é “entender a dor do cliente”. Em outras palavras, oferecer a solução que melhor se ajuste às suas necessidades. “Nós só não escolhemos o equipamento, até porque trabalhamos com diversos fornecedores, mas todo o resto o cliente pode deixar por nossa conta”. Em setores como a mineração e a construção, a Timbro pode atender todos os envolvidos nas operações, do usuário e proprietário do equipamento, aos fabricantes e seus representantes, sem esquecer dos próprios clientes finais de um determinado projeto.
Essa customização, com soluções específicas em cada caso, é possível, diz Fernando Berzoini Smith, porque a Timbro “respira comércio exterior 24 horas por dia”. Ele reconhece que isso pode ser dito por todos os seus concorrentes, mas ressalta que existem diferenciais importantes. Sistemas internos robustos de controle e processamento das operações, que vão até o detalhe do produto em si, incluindo o uso de inteligência artificial, Smith considera obrigação e recursos obrigatórios de toda trading digna do nome. “Nós por exemplo, temos uma área de TI gigantesca com alguns dos melhores profissionais do mercado”
Um aspecto que realmente faz a diferença entre uma trading e outra é a estrutura operacional, física mesmo, da empresa. E isso, segundo ele, a Timbro tem de sobra, por conta de suas múltiplas áreas de negócios e de sua atuação na área de commodities. “Hoje, temos escritórios em vários países do mundo. “Somos um dos maiores exportadores de açúcar do Brasil. Vendemos algodão para o extremo oriente. A Timbro também é um grande líder na comercialização de café e é um dos maiores distribuidores de leite e lácteos no Brasil”.
Uma estrutura na China, Japão, Inglaterra, Alemanha, Suíça. Portugal, Estados Unidos e México, para citar alguns escritórios, que é compartilhada nas operações envolvendo equipamentos. O mesmo vale para o Brasil, com representantes em vários estados, com três unidades principais: a sede, em São Paulo (SP), três escritórios em Minas Gerais (por conta das operações de café e leite) e no Espírito Santo. Nesse último estado, a Timbro conta com uma área de 30 mil m2 para armazenagem e lavagem de equipamentos, de diferentes fornecedores, que chegam ao país. No local, também são realizadas inspeções, PDI (Pre-Delivery Inspection), troca de óleo e toda a adaptação do equipamento para que ele seja entregue para o cliente no Brasil.
“Nós criamos soluções diferenciadas para que os diversos fabricantes consolidem ou aumentem seu posicionamento no Brasil. E não estamos falando somente de Vitória, atuamos também no Nordeste, sul do Brasil e Centro-Oeste. Nos projetos eólicos, os equipamentos e componentes poderão entrar pelos portos de Pecem e Suape, por exemplo, conforme a conveniência, inclusive tributária, da operação”.
O objetivo maior, lembra o diretor da Timbro, é o de estruturar o melhor modelo para o cliente, considerando os aspectos logísticos, tributários e de financiamento dos equipamentos, para que sejam disponibilizados no local de trabalho, no prazo estipulado no contrato. “Esse é o nosso trabalho. Como trading operamos num modelo de negócios conhecido por BPO (Business Process Outsourcing), onde a prestação de serviço decorre de nossa eficiência. É mais barato para o cliente e evita problemas que podem comprometer seu investimento”.
