Para atender aos requisitos da nova regulamentação de controle de emissões, a Scania adotou duas estratégias distintas, afirma Fabrício Vieira, gerente de vendas de soluções off road da Scania no Brasil. Serão duas famílias de motores. Ambas vão substituir os atuais motores Euro 5 e serão utilizadas nas cabines P, G, R e S da nova geração de caminhões, lançada pela Scania no Brasil em 2018. Uma delas, chamada de gama Super, válida para os principais modelos da marca, virá com um trem de força totalmente novo, com a promessa de redução de 8% no consumo de combustível.
Nos motores da gama Super (420, 460, 500, 560cv), a Scania aposta no ganho de eficiência energética graças à sua capacidade de alto torque (de 2.300 a 2.800Nm) em rotações mais baixas. Um bom exemplo é o R 560 Super que entrega 100Nm a mais de torque em relação ao R 540 (2.700Nm), o atual pesado de 13 litros Euro 5 mais potente da marca. Já a outra família, que inclui veículos vocacionados para mineração, construção e caminhões específicos para cargas indivisíveis (V8), caracteriza-se por uma otimização dos propulsores P8.
“Uma bomba hidráulica de refrigeração variada nova, componentes no motor que diminuem a fricção, além de coletores de tubo de escape otimizados que aumentam a pressão dentro da câmara de combustão, e a eficiência da queima de combustível”, explica Fabrício Vieira. A redução no consumo de combustível nesse caso, segundo ele, é da ordem de 2%. “Em relação à elevação de preços, ela será proporcional aos ganhos oferecidos aos clientes nos dois casos”.
No caso da Volvo, as inovações na nova linha de caminhões Volvo FH, FM e FMX também prevem uma redução da ordem de 8% em relação à geração atual. Todo trem de força foi renovado. A começar pelo motor Volvo D13K, o mesmo utilizado na Europa, com um turbo e um sistema mais eficiente de pós-tratamento de gases. “O D13K tem componentes mais robustos, um novo sistema Common Rail, com injetores de combustível de alta pressão e precisão, e tecnologia de combustão “Wave”, que garante uma queima mais rápida e eficiente do diesel com o ar e um maior rendimento energético”, afirma Jeseniel Valerio, gerente de engenharia de vendas da Volvo do Brasil.
Já a introdução da 7ª geração da caixa de câmbio I-Shift, que parece ser a maior novidade, segundo ele, permite trocas de marcha até 30% mais rápidas. Jeseniel Valerio explica que a caixa possui novos componentes, redesenhados e otimizados, o que a tornou ainda mais precisa e com a manutenção facilitada, com longos intervalos entre as trocas de óleo, proporcionando menor custo operacional. “A inteligência entende qual é o melhor momento para despender mais potência e garante um comportamento mais adequado em cada momento da condução do veículo”.