TOP CRANE 2018: CERIMÔNIA DE PREMIAÇÃO

TOP CRANE’2018

Por Redação Crane Brasil

Wilson Bigarelli, editor da Crane Brasil

Em cerimônia realizada no Palácio dos Transportes, em São Paulo, dia 31 de outubro, com presença de fornecedores, empresários e executivos, foram premiados os grandes vencedores do Top Crane’2018 e Heavy Duty’2018, em reconhecimento aos melhores cases de elevação de cargas e transportes de cargas especiais. Os prêmios Top Crane 2018 e o Heavy Duty 2018, realizados há nove anos consecutivos, contaram com o patrocínio Ouro da Liebherr e da Tadano e com o apoio das duas maiores associações do setor  – Setcesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e região), Sindipesa (Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais) e da Verope, fabricante suíça de cabos de aço especiais de alta performance para guindastes, entre outros equipamentos.

TOP CRANE’2018 Neste ano, o prêmio Top Crane elegeu cases de melhor performance em operações de Içamento, Remoção Técnica, Plano de Rigging e Segurança e Treinamento . A categoria “Trabalho em Altura” não foi premiada por não ter recebido o número mínimo de três inscrições. No total, são sete as empresas vencedoras entre 49 cases inscritos.

Edson Garzon Esparbiere, sócio-proprietário da Guindastes Tatuapé

Na categoria Içamento foram escolhidos quatro cases, nomeados conforme o segmento em que a operação foi realizada. Assim, a Guindastes Tatuapé, de São Paulo (SP), ganhou com o case Infraestrutura, com a movimentação, descarga e içamento de vigas e estruturas metálicas para a construção de um novo pavimento no Mais Shopping, na zona sul da capital paulista. “É muito satisfatório. Nós já fomos premiados seis vezes. Essa é a sétima e tudo isso é muito gratificante para a Guindastes Tatuapé. Eu comecei a empresa junto ao meu pai há 50 anos e hoje somos uma das maiores de São Paulo”, diz Edson Garzon Esparbiere, sócio-proprietário da Guindastes Tatuapé.

Segundo ele, o ano de 2018 foi melhor em todos os sentidos e a empresa teve a oportunidade de adquirir novos equipamentos e caminhões para sua frota.O principal investimento foi no guindaste Liebherr LTM.1250.5.1, já em operação, e outros que deverão ser entregues a partir de 2019. Outro aporte significativo foi no sistema de proteção contra incêndios, denominado Extinfire, importado da Alemanha e instalado em todos os equipamentos com capacidade acima de 200 t.

Em 2018, a Guindastes Tatuapé realizou operações de içamento junto ao setor siderúrgico, para a indústria alimentícia e petroquímica, assim como para concessionárias de rodovias e a Petrobras, no segmento de Óleo e Gás. “Os dois últimos anos foram muito difíceis e a empresa não mediu esforços em participar das frentes de trabalho disponibilizados, seja em atividades públicas ou privadas, para que suas metas fossem alcançadas”, complementa Marcelo Monteiro, gerente comercial.

O importante, diz ele, é que a dedicação e esforços empregados fizeram com que a empresa pudesse, além de arcar com seus custos, efetuar alguns investimentos colocados em planejamento desde anos anteriores. Edson Garzon Esparbiere está confiante em relação ao próximo governo federal. “Com a eleição de Bolsonaro para presidente da República, a gente, assim como ele, está querendo levantar o Brasil. Acho que vai melhorar muito”.

Emmanuel Demidover, coordenador de projetos da Darcy Pacheco

Na área de Energia, foi contemplado o Grupo Darcy Pacheco, do Rio Grande do Sul (RS), pelos trabalhos de desmontagem de um aerogerador em um parque eólico da região Nordeste. “Para nós, está sendo está sendo mais uma felicidade, em mais um ano de esforço. É o nosso terceiro ano participando e o nosso terceiro ano ganhando. Então, é uma percepção tanto dos nossos clientes, quanto dos nossos colaboradores, que todo o esforço que temos feito tem nos permitido alcançar um patamar cada vez maior”, diz Emmanuel Demidover, coordenador de projetos da Darcy Pacheco. “Neste ano, nós seguimos também muito forte no segmento de eólica, com projetos tanto no Rio Grande do Sul quanto no Nordeste como um todo. Temos tido, também, uma atuação muito forte na parte de óleo e gás, junto com alguns clientes da região do Rio Grande do Sul.

Segundo ele, o ano de 2018 foi marcado por uma recuperação, independente da situação política do país. “Alguns clientes nossos têm buscado re-investimentos no setor, em paradas de manutenção ou mesmo em ampliações. E nós temos buscado acompanhar esses clientes e, se possível, buscar por novos”. A Darcy Pacheco, explica ele, não fez investimentos em equipamentos, mas se concentrou na garantia de disponibilidade da frota existente e na adequação de sua estrutura técnica. Ele tem a perspectiva de dois ou três grandes projetos com participação da empresa em 2019 e diz que as expectativas em relação ao novo governo só poderão se confirmar realmente a partir de março. “Quando o ano tiver efetivamente começado”.

Outros dois cases premiados são de duas empresas sediadas em Belo Horizonte. Um deles, de Mineração, é o da Bolbi Movimentação de Cargas, que trata do alteamento da maior escavadeira hidráulica do mundo, com peso de cerca de 1.750 toneladas métricas, para intervenções de manutenção, realizado na cava de uma mineração de cobre no Pará (PA). “É um orgulho e uma satisfação muito grande receber o prêmio de uma editora (Editora Facto, responsável pela publicação das revistas Crane Brasil e In The Mine) com publicações que circulam nacionalmente e com grande credibilidade. É uma prova também que o Brasil tem condições de criar pernas próprias e pode crescer”, diz Alexander Biskupski, diretor operacional da Bolbi.

Alexander Biskupski, diretor operacional da Bolbi

A especialidade da Bolbi, lembra ele, é a de fazer projetos que outras empresas não fazem ou não dão conta. “São trabalhos específicos, de engenharia e movimentação de cargas. Então, nós estamos com bastante trabalho em andamento e muito mais, ainda, em orçamento. Tem muita coisa para sair, pois, queira ou não, há uma demanda reprimida do Brasil como um todo muito grande para deslanchar a qualquer momento”. Ele explica que o investimento vem sendo feito gradativamente. Depois da aquisição de um guindaste Tadano e um XCMG, a empresa adquiriu 14 guindautos. “Nós também trouxemos alguns guinchos e sistemas de macaqueamento de fora, além de um sistema de pesagem eletrônica e muita parte de estrutura, pois estamos trabalhando muito com empilhadeiras e carregadores de minério”.

Ele acredita que 2018 foi muito melhor que 2017. “Está certo que não houve tanto serviço a nível Brasil, mas houve muito menos gente preparada para poder fazer o serviço. Acredito que 2019 será melhor. Não por ser otimista, mas por conhecer o mercado. Queira ou não, será preciso fazer vários investimentos. Veja que há muita planta de siderurgia que está parada – está produzindo, mas parada em relação ao investimento e manutenção. O que também ocorre em parte na mineração”. Para Alexander Biskupski, sem contar a questão política no Brasil, que decidiu qual caminho seguir. É preciso se preparar, fazer um planejamento sério, pois “não adianta a oportunidade surgir e não darmos conta de todas as demandas”.

O outro case, em uma área correlata – Siderurgia – é o de içamento e inversão de uma panela de aço em uma usina siderúrgica em Minas Gerais (MG), realizado pela Elba Equipamentos e Serviços (EES). “O prêmio é o reconhecimento de todo o esforço empreendido durante o ano, principalmente pela equipe. Então, é um valor porque consagra o desempenho das empresas do setor de transporte e movimentação de cargas”, diz Beatriz Barbosa, gestora de qualidade e desenvolvimento organizacional da empresa. “É uma recompensa à nossa equipe de colaboradores, visto que atuamos em uma área de ambiente de risco – trabalhamos dentro de siderúrgicas, é necessário trabalhar de acordo com as normas de segurança, bem como os conhecimentos técnicos”.

A Elba Equipamentos e Serviços (EES) é uma referência em treinamento e segurança operacional e já recebeu em vários anos o Top Crane nesses quesitos. A empresa tem um programa de capacitação, com instrutores dedicados internamente, sendo que todo novo funcionário passa por essa etapa, tanto teórica quanto prática. “É importante destacar”, lembra Beatriz Barbosa, “que a parte teórica são documentos específicos dos modelos de equipamentos que os colaboradores irão operar, enquanto a parte prática é localizada na própria Elba, além de três meses de trabalho supervisionado”. Esse programa de capacitação faz parte da nossa certificação da ISO 9001-2015.

Beatriz Barbosa, gestora de qualidade e desenvolvimento organizacional da

A gestora de qualidade e desenvolvimento organizacional da EES diz que a prioridade em 2018 foi a de fazer melhorias, com atualizações e modernizações, em equipamentos e processos para acompanhar as demandas do mercado. “Neste ano, nós conquistamos um cliente e um contrato, porém 2018 ficou ainda muito aquém das expectativas. Houve, sim, uma melhora, porém nada muito significativo” . A expectativa dela é que, a partir de 2019, o cenário econômico comece a melhorar. “Agora, nós estamos começando a vislumbrar uma possibilidade de melhorias”.

Na categoria Remoção Técnica, a empresa vencedora é a Primax Transportes Pesados, de São Paulo (SP). A operação é de retirada de uma prensa, em uma indústria do setor automotivo, para manutenção de componentes, e sua posterior relocação. “A Primax se posiciona há muitos anos com renovação e treinamento em grande volume. Então é muito importante quando nós recebemos um prêmio e temos a nossa atuação reconhecida, coroando o nosso trabalho”, diz Antonio Luiz Leite, diretor da Primax. “A Crane Brasil já faz parte do mercado de guindaste e transportes especiais, sendo uma referência nacional, e que sabe associar muito bem o trabalho das grandes empresas e das pequenas, que estão surgindo nos últimos anos”.

Antonio Luiz Leite, diretor da Primax

Ele explica que a empresa tem a preocupação permanente de trazer coisas novas ao mercado, novas tecnologias e trabalhar na melhor forma de empregá-las. “Em 2018, investimos na necessidade. Não fizemos grandes investimentos, mas fizemos o que era necessário para se manter atualizado dentro do mercado e ante a nossa concorrência”. Antonio Luiz Leite, que também é vice-presidente do Setcesp, lembra que o ano de 2018 já vem dando sinais de melhora. “Na verdade, desde que o presidente Michel Temer assumiu o Governo, e fez poucas mudanças, as empresas já começaram a tomar corpo nas coisas. Então, comparado com o ritmo de 2017, foi um ano melhor”. Para 2019, diz ele, o importante é que o povo está esperançoso e, quando isso acontece, as coisas caminham para um clima melhor e isso acaba por ser tornar uma realidade. “Eu também acredito que a indústria está mais confiante com esse novo cenário, assim como a construção civil. Espero que o novo presidente tenha a capacidade de ter uma visão ao longo prazo e não apenas ao imediato, como muitos fizeram” .

Já a categoria Plano de Rigging teve seu prêmio conferido ao Grupo Cordeiro, de Fortaleza (CE), que realizou um trabalho até então inédito no Brasil: a desmontagem da fuselagem de um Boeing 737-200, seu transporte e embarque em um avião cargueiro com destino à Alemanha “Para o grupo é importantíssima uma premiação como essa, porque mostra todo o trabalho da nossa equipe, todo o desempenho dos nossos profissionais. É uma prova do trabalho bem realizado por todos, que estão de parabéns pelo prêmio”, diz Aldelfredo Carneiro Mendes, diretor comercial do Grupo Cordeiro.

Aldelfredo Carneiro Mendes, diretor comercial do Grupo Cordeiro

Ele explica que o Grupo Cordeiro vem superando seguidos desafios, realizando vários projetos. Um dos mais relavantes, segundo Aldelfredo Carneiro Mendes, foi no segmento eólico, onde a empresa respondeu não só pelo transporte dos componentes até a obra, como também pelo içamento e montagem eletromecânica. “Neste ano o foco foi em transporte, principalmente portuário. A Cordeiro investiu forte nessa área já visualizando as oportunidades que surgiram e que tivemos a grata satisfação de alcançar o fechamento dos contratos. Há outros contratos que estamos em fase final de negociação para o começo de 2019”. Para o ano que vem, as perspectivas são boas. “Existe um plano de investimento por parte do Grupo Cordeiro focado principalmente em máquinas grandes, no transporte de cargas indivisíveis, e acreditamos muito que em 2019 terá um aquecimento um pouco mais forte do mercado a partir do segundo semestre.”

Por fim, a vencedora da categoria Segurança e Treinamento é a Locar Guindastes e Transportes Intermodais, de Guarulhos (SP). Essa premiação considera indicadores de desempenho nas duas áreas, que servem de comparativo entre as concorrentes inscritas. “É importante por conta do movimento que ela gera dentro da companhia. Todo mundo vive esse momento, todos se empenham muito no preenchimento dos questionários, na indicação dos cases”, diz Marcelo mari, diretor comercial da Locar. “Hoje, há uma expectativa da empresa em relação a esse prêmio, há um interesse da companhia, dos funcionários. Enfim, é um evento mais que consolidado para esse segmento do mercado nacional”.

Marcello Mari, diretor comercial da Locar

Ele lembra que a Locar, apesar da estagnação no mercado, em razão da incerteza política, realizou importantes  de transporte, sendo um deles para o cliente Air Liquide. Além disso, ele cita os dois contratos que a Locar mantém com a Vale e a ArcelorMittal no Estado do Espírito Santo e, no segmento  offshore, o trabalho realizado pela Locar Pipe junto à uma termoelétrica de Aracajú (SE). Depois de adquirir quatro unidades dos guindastes Liebherr de última geração, modelo LTM1250, a Locar deve manter a prioridade na renovação e ampliação de frota, mantendo-se preparada para um novo momento na economia.

Prêmio Heavy Duty’2018

ROTAS BEM SUCEDIDAS EM UM ANO DIFÍCIL

O Prêmio Heavy Duty,  parte indissociável do Top Crane, e a sua variante na premiação dos melhores cases de transportes cargas especiais, indivisíveis ou não, as denominadas cargas-projeto. Neste ano, foram premiados quatro cases em dois segmentos de mercado – Energia e Mineração – e um específico para ações de Segurança e Treinamento.Para nós, há dois sentidos em apoiar a premiação. A primeira é pela empresa, em reconhecer um trabalho inovador, e aos empresários que investem em tecnologias e recursos. Por outro lado, a premiação serve como um indicador do mercado. Qual é esse indicador? É o de identificar as melhores empresas,  que têm as melhores práticas e serviços”, diz Tayguara Helou, presidente do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e região).“Essa premiação é importante para todo o setor, pois reconhece as empresas que investem em segurança, qualidade e tecnologia. É o evento mais importante que existe de reconhecimento da categoria”, diz Júlio Eduardo Simões, presidente do SINDIPESA ((Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais).

Henrique Zuppardo Júnior, diretor da Megatranz

A Megatranz Transportes também foi contemplada com o Prêmio Heavy Duty’2018-Energia por uma operação verdadeiramente heavy duty. Contratada pela BRASIL PROJECTS Transportes Nacionais e Internacionais, superou os desafios envolvidos na recepção e transporte de sete geradores de 355 t do Tecon do Porto de Sepetiba, em Itaguaí (RJ), até o SE Terminal Rio, em Paracambi (RJ). “A premiação para nós sempre foi muito importante. São momentos como este que gratificam todo o esforço que a empresa tem feito no decorrer dos meses, em projetos, tecnologia, segurança, e capacitação de funcionários, entre outros”, diz Henrique Zuppardo Júnior, diretor da Megatranz.

Para a Megatranz, segundo ele, o ano de 2018 foi melhor que o ano anterior, mas as grandes expectativas estão reservadas para 2019. “Com o novo governo, nós acreditamos que o mercado vai impulsionar a indústria e, considerando isso, é inevitável deixar de pensar em investir internamente na empresa, seja em equipamentos ou pessoas, para atender  essa nova demanda”.Henrique Zuppardo Júnior lembra que, no ano de 2018, a Megatranz investimos muito pouco em frotas, por outro lado desenvolveu soluções específicas, que resultaram em ganhos significativos para os clientes, como o sistema de melhora de descarga e carregamento dos equipamentos do case vencedor.

Fernando Rodrigues Filho, presidente da Makro Engenharia.

A Makro Transportes – divisão de transportes da Makro Engenharia, tem se notabilizado no transporte de cargas de grande peso e dimensões, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do país. Melhor exemplo – que valeu neste ano o Prêmio Heavy Duty-Mineração – foi a movimentação de uma instalação de britagem com 140 t, entre Carajás e Canaã dos Carajás, no Estado do Pará. O percurso de 240 Km incluiu um trecho de 30 Km para descida das Serra dos Carajás – dos quais pelo menos 15 km com curvas acentuadas e no período noturno. “A Makro Transportes é uma empresa do grupo Makro Engenharia que vem se dedicando há cerca de um ano ao mercado de transporte pesado e de cargas gerais. Um prêmio como esse, que é um dos únicos que reconhecem o nosso setor no Brasil, é de uma importância imensa para nós. É também uma forma de ganhar visibilidade no mercado como uma empresa séria no setor dos transportes”, diz  Fernando Rodrigues Filho, presidente da Makro Engenharia.

Ele diz que a empresa vem ampliando a cada dia seu portfólio de transportes especiais, como na movimentação de seis rotores, carga de 350 t, para a Usina de Belo Monte, ou de 68 vigas de 90 t por 50 m de comprimento na Bahia. E que os investimentos vem sendo feitos. “ Adquirimos alguns cavalos mecânicos para transportar cargas pesadas, 30 linhas de eixo, mais de 40 carretas para cargas secas e já estamos negociando algumas SPMT (Self Propelled Modular Transporter) para projetos no ano que vem”.

Fernando Rodrigues Filho lembra que o Grupo Makro tem planos também para aquisição de guindastes para alguns projetos e está aguardando para sentir a realidade do mercado sob o novo governo. Acreditamos que 2019 vai ser um ano melhor, não pelo crescimento de obras, mas por já ter sido resolvido em parte o problema político. Isso vai dar um ânimo para algumas empresas privadas começarem a investir em pequenos projetos. Já 2020 entendemos que será o ano da virada para o nosso setor, tanto no guindaste como no transporte”.

O Grupo Darcy Pacheco recebeu o Prêmio Heavy Duty’2018-Segurança e Treinamento pelos investimentos que tem feito em suas três divisões (Darcy Pacheco, a Pacheco Logística e a DPS Wind) para manter o padrão de qualificação da área operacional, diante da contratação de novos funcionários, em todas as suas divisões.

A Locar Guindastes e Transportes Intermodais recebeu o Prêmio Heavy Duty’2018-UTE por conta da operação de transporte de um gerador de 361 t entre o Porto de Pelotas até a Usina Termelétrica Pampa Sul, em Candiota –  considerado o maior já realizado em rodovias federais no Brasil. O trecho principal, de 150 km, foi feito em três dias, com dimensionamento e adequação de equipamentos e atendendo a um rígido planejamento estabelecido pela contratante Bertling Logistics Brasil.

DESAFIOS NO SETOR DE TRANSPORTES

Júlio Eduardo Simões, presidente do SINDIPESA

Independente da retomada das grandes obras de infraestrutura, que demandam tempo de maturação, o SINDIPESA tem pela frente alguns desafios que são crônicos no setor. Júlio Eduardo Simões, presidente do sindicato, diz que o principal gargalo ainda é a burocracia na obtenção da licença para transportes especiais e os atrasos que isso acarreta na duração das viagens. Ele citou o caso de uma empresa que passou dois meses com o conjunto de transporte carregado para fazer a viagem de Jundiaí a Santos, sem conseguir a autorização para descer a serra. “Estamos conseguindo viabilizar a licença digital no Estado de São Paulo e queremos finalizar o mesmo processo até o final do ano com o município de São Paulo. Também estamos discutindo algumas mudanças com o DNIT dentro da legislação atual e temos conversas em andamento com o CONTRAN sobre algumas licitações.”

No âmbito dos transportes rodoviários de um modo geral, Tayguara Helou, presidente do SETCESP, diz que o setor conseguiu, em 2018, o reconhecimento de sua importância pelo poder público e a sociedade. Mas existe muita coisa por se fazer, segundo ele. Além da burocracia, ainda é preciso resolver o sistema de fiscalização de trânsito, nas vias e estradas, que não é parametrizado, e as dificuldades de circulação, em razão de restrições aos veículos de carga sem critério e até de cunho político, e não técnico.

Tayguara Helou, presidente do SETCESP

Para ele, o ano foi ligeiramente melhor que 2017, mas de grande volatilidade dos indicadores econômicos, por conta de denúncias de escândalos, que causaram problemas no mercado como um todo. “Com isso, as empresas se mantiveram muito conservadoras na hora de investir e o setor de transporte de cargas acabou por ser impactado, pois somos ferramenta de economia. Se a economia vai bem, nós estamos bem. Se a economia está mal, nós estaremos mal”. Em 2019, com o quadro eleitoral definido, sua expectativa é de “uma gestão muito mais vocacional, direcionada para aquilo que realmente faz sentido para o mercado e a sociedade”.

VISÃO E PERSPECTIVA DOS FABRICANTES

Liebherr, Tadano com cotas Ouro, e também a Verope, que adquiriu uma cota de apoio viabilizaram a realização dos Prêmios Top Crane e Heavy Duty no ano de 2018 – sem esquecer do apoio de primeira hora do Setcesp e do SINDIPESA. (Leia os depoimentos de Tayguara Helou e Julio Eduardo Simões, presidentes, respectivamente das duas entidades, no Caderno de Transportes Especiais (Revista HD) nesta edição). Da parte da Liebherr, diz o gerente comercial Heron Gayan, é sempre importante estar participando, pois importantes locadores e clientes estão sempre presentes. “Poder patrocinar um evento deste porte é uma oportunidade de estarmos próximos de quem realmente tem influência no segmento”. A Liebherr, em um ano de poucos investimentos, segundo ele, manteve a programação de treinamento do pessoal de pós-vendas, inclusive da área de peças, tanto no Brasil quanto na Alemanha. E deu continuidade ao plano de desenvolvimento de pessoal complementando o currículo de cada um dos técnicos.”O Centro de Treinamento em Guaratinguetá também ofereceu treinamentos para clientes de toda a América do Sul”.

Heron Gayan, gerente comercial da Liebherr

Heron Gayan entende ter havido uma leve melhora no mercado neste ano, embora muito aquém do patamar de cinco ou seis anos atrás, com um melhor desempenho no volume de vendas e cotações.”Tivemos um início de movimento no mercado por novos negócios e estamos encerrando o ano com eleições definidas e a expectativa de que a economia se movimente. A expectativa é que alguns setores, como o de Óleo e Gás, alavanquem novos investimentos e negócios em nosso setor”

 

Masatoshi Hirano, presidente da Tadano do Brasil

Masatoshi Hirano, presidente da Tadano do Brasil, os prêmios Top Crane e Hevy Duty representam uma grande oportunidade para a companhia conhecer outras pessoas que trabalham no mesmo setor. “Além disso, eu acho que este evento também é ótimo para promover a nossa empresa aqui no Brasil e por isso queremos continuar apoiando de maneira continua”. Ele diz que a Tadano em 2018 focou muito no fortalecimento de pós-venda e na divulgação no Brasil de guindastes de 60 t e de 100 t, lançamentos globais da companhia. Ele considerou o ano de 2018 bastante complicado, mas entende que, com as eleições e a formação de um novo governo, a economia vai melhorar. “De nossa parte, vamos nos empenhar ainda mais em apoiar os nossos clientes para que eles façam cada vez mais bons negócios no Brasil”.

César Rangel, gerente comercial da Verope

César Rangel, gerente comercial da Verope, considera esse patrocínio muito importante para a Verope. “É o terceiro ano seguido que nós patrocinamos. A Crane Brasil tem muita credibilidade. É um prestígio para nós participarmos desse evento”. Segundo ele, é uma oportunidade para reforçar junto aos clientes a condição da Verope como a principal fabricante de cabos para o mercado global, principalmente para os equipamentos Gottwald e os equipamentos Liebherr. A Verope, diz César Rangel, está bastante atenta a este novo momento para a retomada do mercado. “Isso é fundamental e a nossa expectativa é muito boa. Quando fizemos investimentos em 2015, nós já prevíamos um crescimento até 2019 e isso está sendo cumprido. Além disso, o plano de investimento da companhia não é a curto prazo. Até 2025 a gente tem investimento programado”.

GALERIA TOP CRANE – HEAVY DUTY’2018

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