Torres Neto, presidente da Irga, é um jovem executivo que assumiu o cargo recentemente. Mas ele demonstra pressa. A entrevista para a Crane Brasil, por exemplo, foi tocada num ritmo de marcha acelerada. Formado em administração de empresas, ele viaja bastante, o que explica a estratégia de parcerias com pesos pesados como a holandesa Mammoet e a suíça Fracht. Mas, ao mesmo tempo, Neto é bastante realista. Fala com sinceridade dos tempos difíceis da empresa na última década e, declaradamente, do prejuízo em 2007.
Para 2008, a empresa projeta um faturamento de R$ 200 milhões, que seria o dobro do alcançado no ano anterior. Apesar disso, os anos difíceis ainda estão no DNA da empresa e a característica de ter o pé no chão é demonstrada por pequenos – e importantes – detalhes. É o caso da negociação de grandes contratos, onde a presença do presidente é uma constante, segundo ele mesmo.
“O ano de 2008 é um momento da Irga organizar-se internamente, inclusive com mudanças no modelo de gestão”, adianta. “Nosso faturamento cresceu acima da nossa estrutura e são necessários ajustes para alinhar as duas pontas”, complementa Neto. Para ajudar no processo de reestruturação, a Irga contratou a brasileira Dom Cabral e a internacional Terco Grant Thorton, especializada em empresas middle market e com enfoque técnico. A consultoria brasileira, por sua vez, é reconhecida também pelo trabalho sério e sem pirotecnias.
A crise dos anos 1990, segundo Neto, tornou a Irga mais cautelosa. Segundo ele, os anos de baixa demanda prepararam a empresa para posicionarse como uma provedora de projetos e as parcerias internacionais permitem que ela dose a alocação de equipamentos de acordo com o aquecimento do mercado. Um exemplo é o contrato com a Alcoa, no qual 60% dos equipamentos são próprios e os demais foram locados, principalmente os guindastes entre 25 t e 30 t.
Como 2008 é um ano de ajustes, a renovação da frota de grandes equipamentos deve acontecer entre 2009 e 2010, sendo estruturada a aquisição de guindastes entre 120 t e 500 t. Neto limita a frota própria a equipamentos de até 700 t . Acima desse nível, a Irga aciona seu parceiro Mammoet e opera com a importação temporária. Já os grandes monstros, com tonelagem superior à citada, são trazidos pela Mammoet, que recebe o suporte da Irga para suas operações. Para os projetos em comum, a empresa brasileira optou por um formato de joint-venture, onde sempre detém 50% do negócio. A Mammoet Irga é uma delas, mas não a única.
Com a Fracht, a Irga também estabeleceu o mesmo formato. A atuação, porém é diferente. “Eles têm mais de 60 anos de atuação e escritórios em todas as partes do mundo, sendo especializados como provedores globais de soluções logísticas”, informa Neto. Ao firmar o acordo, ele garante que a Irga ganha musculatura para atender grandes projetos fim-a-fim. Um exemplo são os empreendimentos de mineração e siderurgia, nos quais a jointventure pode encarregar-se de trazer todos os equipamentos desde seu porto de origem até a entrega na obra. E, é claro, preferencialmente sendo movimentados pelos guindastes da Irga. “Esse é o escopo da Fracht do Brasil, que opera independente”, completa o presidente.
(Maio/junho/julho de 2008)
Parabéns Empresa querida !
Trabalhei no ano de 1970 a 1977 com vcs criei grandes amizades com Marcus Torres Dulce Torres e filhas …
A qual gostaria de ter contato .
Se puder passar meu email a Dulce ou as filhas.
Grata
Elena