OPERADORA DE GRUA ATÉ A APOSENTADORIA

Nancy Jo Coley, nascida no Colorado e, hoje, moradora de Phoenix, no Arizona (EUA), chegou bem alto. Aos 69 anos, em outubro de 2010, Nancy subiu pela última vez os 400 pés (121,9 m) da escada que a levava à cabine de operação de uma grua, que abasteceu de aço e concreto o Tribunal Penal County Maricota, à época em construção. Nancy completava, então, 25 anos como operadora de guindastes e quase 35 anos na indústria da construção civil de seu país.

Em 1976, Nancy era faxineira, quando seu marido teve um AVC (acidente vascular cerebral). Para sustentar os quatro filhos pequenos e pagar o aluguel da casa onde moravam, ela foi todos os dias, durante três semanas, ao vapor Comanche Peak, em Glen Rose, no Texas, até ser admitida como ajudante geral. Tinha 34 anos e uma enorme vontade de aprender: tornou-se carpinteira, passou para a equipe de demolição e, finalmente, subiu em um guindaste. Não desceu mais.

Nancy trabalhou em projetos em 9 estados e ficou por três anos em uma obra em Guam, na Micronésia. Não raro, chegou a passar 16 horas sem sair de sua cabine. A paixão pelo que fazia influenciou os quatro filhos: um deles é gerente de construção em Guam, outro passou 20 anos na Força Aérea norte-americana. Das meninas, uma é rigger no Arizona e a outra é soldadora de aço no Texas.

Inconformada com a aposentadoria, ainda hoje seu perfil no Facebook diz: “Estou certificada para operar todos os tipos de guindastes, mas é claro que o meu favorito é o guindaste de torre. Diga-me onde eu devo ir quando começar e eu irei. Basta enviar meu cheque de pagamento. Terminei o meu último trabalho no final de outubro e aguardo outro”

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