Embarcar uma demanda não é tarefa simples. Prova disso é que cerca de 95% das empresas utilizam duas plataformas diferentes para essa função. Porém, quem lida com o transporte rodoviário de cargas sabe que o trabalho não acaba quando o caminhão pega a estrada. Até a entrega, é responsabilidade da transportadora garantir o cumprimento dos prazos e manter o destinatário a par das movimentações.
Dessa forma, diz Carolina Cabral, CEO da Nimbi, companhia especializada em soluções de tecnologia para o mercado de supply chain management, implementar um sistema de controle de cargas em tempo real pode facilitar ― e muito ― o dia a dia.
Ele lembra que existem diferenças significativas entre o rastreamento e o monitoramento, ou controle de cargas. “O controle de cargas permite realizar um acompanhamento minucioso de todo o processo. Desde a verificação e regulação dos produtos encaminhados até o momento da entrega da mercadoria. Os dados gerados permitem um maior controle por parte das transportadoras e segurança para os motoristas”.
Pensando neste cenário, a Nimbi elaborou um estudo apontando quatro desvantagens de não realizar o controle de cargas. Confira abaixo:
Não contar com um sistema de controle de cargas tem um impacto sério no seu negócio. E isso pode acontecer nas mais diversas frentes, desde o embarcador, passando pelo TAC e, refletindo, até mesmo, no consumidor final. O grande motivo, como não poderia deixar de ser, é a agilidade que ele pode conferir ao processo. Além disso, reduz drasticamente a chance de erros humanos.
Abaixo, quatro dos mais comuns.
- Informações fragmentadas
Existem algumas diferenças entre os conceitos de rastreamento e monitoramento, ou controle de cargas. E, aqui, está uma delas. No primeiro caso, o gestor tem como saber a localização de um caminhão em determinado momento. Já no segundo, o acompanhamento é feito em tempo real, 24h.
Sendo assim, o controle de cargas é muito mais completo. Afinal, durante o trajeto, muita coisa pode acontecer. Tráfego intenso, acidentes e paralisação de rodovias, ocorrências mecânicas, entre outros, são alguns eventos que podem impactar no prazo estipulado. Ou seja, adotar um software de monitoramento em tempo real mantém o gestor a par de tudo que acontece com o TAC, não apenas em determinadas situações.
- Falta de dados para análise
Acompanhar o motorista em tempo real tem outro benefício que a sua transportadora perde ao não implementar um sistema de controle de cargas. Durante as 24h, todas as movimentações são registradas, ou seja, dados são gerados todos os dias, a qualquer momento. A performance dos TACs é um bom exemplo: ferramentas mais robustas conseguem coletar informações sobre velocidade praticada, freadas bruscas e número de paradas realizadas.
Mesmo que o tratamento desses dados seja, ainda, um dos grandes desafios da gestão logística, ignorá-los custará muito para a empresa. E, aqui, mais uma vez, os sistemas de controle de cargas podem ajudar. Já existem tecnologias que fazem o gerenciamento completo do transporte em uma única ferramenta e oferecem a visualização de toda a cadeia. Assim, é muito mais fácil ter acesso aos registros e relatórios.
- Custos maiores
E, visto os gastos já inerentes à operação de embarque, qualquer chance de redução deve ser aproveitada ao máximo. Para se ter uma ideia da economia gerada por um TMS (Transportation Management System), aqueles que aderem à solução conseguem reduzir em até 30% os custos da operação logística.
Isso é alcançado por meio da análise dos dados obtidos. Assim, o gestor consegue identificar, com clareza, os pontos de melhoria, como processos ineficientes, rotas mais inteligentes e comportamento do motorista. Com essas informações em mãos, fica muito mais fácil agir e mitigar esses problemas.
- Riscos de irregularidades e falta de segurança
Uma das etapas mais importantes para o transporte rodoviário, certamente, é a emissão de documentos. As consequências de pegar a estrada sem algum deles pode ser bem grave, incluindo multas retroativas. Um exemplo é aquela aplicada aos que descumprem a Tabela Mínima de Frete da ANTT, que revisa os últimos cinco anos. Quando esse processo é manual, as chances de erros são grandes. Entretanto, um sistema pode ajudar a automatizar boa parte desse trabalho.
Mas a falta de segurança não fica apenas na esfera legal. Não se pode deixar de mencionar os riscos de roubo que toda carga está sujeita. O monitoramento em tempo real, de fato, pode não evitar que um assalto aconteça. Entretanto, quando a mercadoria embarcada está ligada a um sistema de controle, as chances de localizá-la aumentam exponencialmente.
Contar com o monitoramento em tempo real no transporte rodoviário é uma forma de dar ao gestor informações relevantes, que possam ser usadas de maneira estratégica na transportadora. Afinal, diz Carolina Cabral, essa é a grande vantagem que a tecnologia leva às empresas: muito mais poder de análise e decisões embasadas em dados concretos. “Por isso, dentro do portfólio da Nimbi, o Transporta faz a gestão dos processos de logística (TMS) desde a criação de viagens até a entrega de produtos numa plataforma intuitiva, gerando mais eficiência para o mercado logístico”.