PLATAFORMAS SOBRE CAMINHÃO: O BENEFÍCIO DA MOBILIDADE

Depois das plataformas aéreas autopropelidas, que chegaram ao Brasil há mais de uma década e já têm sua utilização amplamente difundida no país, outro conceito começa a se popularizar nos trabalhos em alturas elevadas: as plataformas montadas sobre caminhão, que possuem capacidade para se deslocar por longas distâncias, eliminando custos com o transporte do equipamento. Há cerca de um ano, a PALFINGER vem apresentando essa solução no mercado e já conta com cerca de 20 unidades vendidas.

 

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Segundo Gustavo Rigon, gerente da unidade plataformas da PALFINGER, a vantagem não se restringe apenas em eliminar a necessidade de carretas para o transporte do equipamento. “Essa solução também possibilita menores custos de aquisição e de operação”, diz ele. Enquanto uma plataforma autopropelida se desloca entre um ponto e outro a uma velocidade máxima de 5 km/h, sendo obrigada a parar a cada 500 m para a refrigeração de seu sistema hidráulico, as montadas sobre caminhão apresentam maior mobilidade, o que permite utilizar menos unidades em sites maiores. “Um único equipamento pode realizar o serviço em um ponto e deslocar-se rapidamente para outro”, completa o especialista.

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A linha oferecida pela empresa atinge até 102,5 m de altura de trabalho, proporcionando diferentes soluções para as mais variadas necessidades de acesso. As plataformas da família Smart, por exemplo, produzidas na Itália e que cobrem a faixa de 13,5 m a 28 m de altura, contam com poucos componentes elétricos e eletrônicos, o que reduz os custos de manutenção. “Sua operação é simples, empregando alavancas em lugar de botoeiras ou joysticks, e o sistema trabalha em baixa pressão, o que diminui a possibilidade de vazamentos hidráulicos”, destaca Rigon.

Implementado em veículos comerciais com peso bruto (PBT) acima de 3,5 t, o equipamento conta ainda com lança telescópica articulada, o que facilita o acesso a locais difíceis de alcançar. Dependendo da configuração, as dimensões do conjunto podem ser menores que as de uma plataforma autopropelida da mesma capacidade, o que se traduz em maior facilidade para posicionar o equipamento em locais com pouco espaço.

Indicados para utilização em canteiros de obras, serviços em rede elétrica, manutenção predial ou industrial, entre outras aplicações, o equipamento conta com nivelamento automático da plataforma, inclinômetro e bloqueio do sistema hidráulico em caso de uma parada de emergência, para evitar risco à operação. “Além de segura, a solução proporciona alta produtividade nos trabalhos em altura”, diz Rigon. A única restrição na comparação com as plataformas autopropelidas é que, nesse caso, fica vedado o deslocamento do equipamento com o operador instalado em seu cesto.

Além das ultrabooms

Para os serviços que demandam acesso a pontos mais elevados, como obras em refinarias e usinas siderúrgicas, montagens de torres eólicas e de telefonia, a PALFINGER conta com as plataformas Top e Jumbo, fabricadas na Alemanha. “Os equipamentos da linha Top, que vão de 30 m a 90 m de altura de trabalho, podem ser montados em caminhões comercias de maior porte, mas a família Jumbo, que atinge 102,5 m de alcance vertical e 39 m na horizontal, demanda uma solução diferenciada, com sua montagem em chassi de caminhões especiais, de cinco eixos”, explica Rigon.

Os equipamentos superam o alcance das maiores plataformas autopropelidas – as ultrabooms – e contam com elevado conteúdo eletrônico. O objetivo, nesse caso, é proporcionar uma operação suave e segura com qualquer posicionamento de sapatas. Segundo Rigon, estas linhas oferecem a possibilidade de o operador trabalhar com duas velocidades: normal e lenta. “A lenta pode ser regulada de 10% a 100% da velocidade normal, mas, independentemente disso, sempre que o equipamento chega próximo aos finais de curso dos cilindros hidráulicos, ele automaticamente reduz a velocidade de trabalho para 10%, de forma a evitar trancos e solavancos”, ele explica.

Nos modelos maiores, a capacidade de elevação chega a 700 kg, comportando até cinco operadores nos cestos. “Por conta da célula de carga instalada no cesto, o equipamento nunca irá operar com excesso de peso, mesmo nas situações em que são adicionados os braços de apoio para o içamento de pequenas cargas”, salienta o gerente.

O equipamento também conta com painel de controle para o monitoramento do trabalho pelo operador. “A partir do painel, ele recebe informações que vão desde a altura de trabalho, alcance vertical, peso no cesto e momento de carga, até a temperatura do óleo, o consumo de combustível do caminhão e outros dados.” Além disso, um anemômetro instalado no cesto informa o operador, por meio de alarme sonoro, sempre que a velocidade do vento ultrapassar o limite de 12,5m/seg.

Em parceria com a Transdata, a PALFINGER já conta com um modelo desse porte no Brasil, o WT 700, que atinge 70 m de altura de trabalho e 35 m de alcance horizontal. Implementado em um caminhão Scania P360 8×4, ele está sendo apresentado ao mercado em uma série de road shows promovidos em várias regiões do país. “Os usuários estão percebendo as vantagens desses equipamentos e, para consolidar esse novo conceito, montamos uma estrutura de suporte composta por um estoque de peças de reposição e técnicos treinados no exterior”, conclui Rigon. (Por Haroldo Aguiar)

 

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