Daniel Brugioni, Diretor Executivo Rental da Mills (foto), fala dos planos atuais de expansão, a importância das recentes aquisições, a transição da frota para energia limpa e a parceria com a JLG
CB: Quais os principais valores e a filosofia de trabalho que permitiram que a Mills, pioneira no segmento, consolidasse sua liderança no país e ganhasse projeção internacional?
Daniel Brugioni: A Mills, que completa 70 anos em agosto, é uma empresa com atuação voltada para o futuro, que no seu código-fonte já falava na geração de valor e trabalho com propósito. Nosso posicionamento é ser o melhor parceiro de locação de equipamentos e serviços, oferecendo as soluções mais seguras para nossos clientes, pautados nos princípios de proximidade, confiança, visão de futuro, colaboração e inovação.
CB: Quais as prioridades atuais da Mills para ampliar sua área de atuação e, ao mesmo tempo, garantir um atendimento local e personalizado a seus clientes?
Daniel Brugioni: Estamos investindo no crescimento orgânico e inorgânico do nosso negócio. Nosso projeto de expansão inclui a abertura de novas filiais pelo Brasil, ultrapassando o marco de 50 unidades ainda em 2022. Hoje, temos 44 filiais em operação e estamos presentes em mais de 1.200 municípios do país. Também estamos investindo em projetos de M&A, com aquisições estratégicas que consolidem nossa presença e excelência no mercado de locação de equipamentos. Nos últimos 12 meses fizemos cinco aquisições, sendo SK Rental, Nest, Altoplat, Tecpar e Triengel. Essas aquisições nos permitem estar cada vez mais próximos dos clientes e de seus projetos, levando as melhores soluções e profissionais capacitados. Também investimos em treinamentos de profissionais para garantir operações seguras e atendimento de excelência em toda a cadeia. Com a aquisição da Triengel, demos um passo importante para aumento do nosso portifólio de equipamentos, entrando no segmento de locação de máquinas pesadas.
CB: Como a aquisição recente de outras empresas fortalece a Mills no atendimento a nichos específicos de mercado?
Daniel Brugioni: Além das recentes aquisições bem-sucedidas de empresas que operam com plataformas elevatórias, que nos ajudam a penetrar em regiões estratégicas, reduzir a idade média da nossa frota e receber profissionais qualificados do mercado, a recente aquisição da Triengel marca a entrada da Mills no mercado de máquinas pesadas (Linha Amarela). Esse é um mercado estratégico na nossa atuação, pois traz a possibilidade de cross sell, visto que parte relevante dos atuais clientes de plataformas elevatórias já realiza locação de equipamentos de LA.
CB: Qual a contribuição que a Mills, com atuação internacional, pode trazer ao mercado brasileiro na transição de combustíveis fósseis para energias limpas?
Daniel Brugioni: Como pioneira no mercado de plataformas elevatórias, a Mills quer ser protagonista nesta transformação para um negócio mais sustentável. Como líder latino-americana na locação de plataformas elevatórias, sabemos da nossa responsabilidade de liderar esta mudança.
Hoje, a Mills possui a maior frota de máquinas elétricas e híbridas da América Latina. Este investimento está baseado no nosso compromisso de “Ecoeficiência operacional”, que se refere ao olhar que temos para a geração de impacto positivo das nossas atividades na sociedade e meio ambiente. A adoção de novas tecnologias nos permite alcançar maior sustentabilidade, alinhando resultados econômicos com a redução de impactos ambientais.
CB: Quais as limitações atuais para adoção dessa tecnologia e como superá-las?
Daniel Brugioni: Ainda que o mercado de máquinas elétricas possua limitações no Brasil, como a falta de oferta em máquinas elétricas de maior porte e deficiências na cobertura da rede elétrica em algumas regiões ou obras nas quais o cliente atua, vemos que as máquinas híbridas são uma alternativa bastante favorável.
Queremos contribuir na divulgação e conscientização das emissões geradas pelos equipamentos com motor a combustão e liderar no oferecimento de alternativas para que os clientes possam reduzir ou até mesmo eliminar as emissões. Para isso, incluiremos em breve em nosso site uma calculadora de emissões, onde ao alugar um equipamento, se saberá quantas emissões são geradas, e estamos estudando diversos programas que contribuam para a redução de emissões, como por exemplo um programa de compensação de carbono.
CB: Embora multimarca, a Mills tem uma grande identidade com os equipamentos JLG. Quando teve início essa parceria?
Daniel Brugioni: Esta parceria iniciou em 1997, com a criação da joint venture JLG/Mills, empresa de locação e venda de plataformas de trabalho aéreo, o que viabilizou a introdução das plataformas elevatórias no mercado Brasileiro. Alguns anos após, a JLG vendeu a sua parte nesta joint venture para a Sullair Argentina, criando assim a empresa Mills Rental. Em 2008, tivemos mais um grande marco para o que a Mills é hoje, com uma grande aquisição de máquinas da JLG, que foi estratégica para o crescimento do negócio na região sudeste e sul do país.
CB: Quais os equipamentos da marca JLG que a Mills introduziu pioneiramente no Brasil e/ou foram os importantes na trajetória da Mills no mercado de locação?
Daniel Brugioni: No início, a Mills trouxe as tesouras elétricas, Booms elétricos de 30, 35 e 45 pés e diesel de 45, 60 e 80pés, além dos primeiros manipuladores de carga. A Mills sempre esteve na vanguarda deste seguimento, anos depois trazendo para o Brasil as primeiras maquinas de 150 pés, que na época eram as maiores plataformas de trabalho aéreo fabricadas no mundo.
CB: Quais os mais recentes equipamentos JLG adquiridos pela Mills e os seus principais diferenciais técnico-operacionais?
Daniel Brugioni: No atual pedido de compra junto à JLG, adquirimos maquinas elétricas de 45 pés, outras máquinas a diesel de 45, 60, 80 e 135 pés. São máquinas que alta eficiência operacional, com design atualizados e que atendem aos requisitos da NBR-16776 e NR 18.