O QUE O MERCADO TEM DE MELHOR

O QUE O MERCADO TEM DE MELHOR

Embora o mercado brasileiro de plataformas de trabalho aéreas (PTAs) não tenha atingido o nível de maturidade alcançado nos Estados Unidos, onde existem mais de 500 mil unidades em operação – ou o equivalente a quase metade da frota mundial, segundo avaliações da entidade que reúne os profissionais desse setor, a IPAF – também está longe daquela fase de consolidação, até alguns anos atrás, quando esse tipo de equipamento começava a se popularizar no país.

Com um parque de mais de 30 mil PTAs em operação – também segundo projeções da IPAF – o Brasil já dispõe de normas reguladoras bem definidas para a segurança nos trabalhos em alturas. Dessa forma, com o mercado conscientizado, o equipamento já marca presença nos canteiros de obras e projetos de manutenção predial ou industrial espalhados por todos os cantos do país.

A última edição da M&T Expo refletiu esse novo patamar do mercado brasileiro. Para atender à demanda dos usuários por equipamentos produtivos e que ofereçam baixo custo operacional, os fabricantes apresentaram inovações em suas linhas de PTAs. A Terex, por exemplo, brindou os clientes brasileiros com a maior plataforma aérea em seu portfólio: a Genie SX-180. Trata-se de uma lança telescópica que atinge 56,69 m de altura de trabalho e um alcance máximo horizontal de 24,38 m, possibilitando a realização de serviços em locais de difícil acesso, como obras de refinarias e usinas eólicas, entre outros.

“Apesar de ser um equipamento de grande porte, seu diferencial é o chassi em forma de X, que permite recolher os eixos e reduzir as dimensões do carro para transportá-lo em uma carreta convencional”, afirma Raphael Cardoso, diretor da divisão Aerial Work Plataform da Terex. Com isso, sua largura pode diminuir de 5,03 m, com os eixos estendidos, para 2,49 m. Além da facilidade e menor custo de transporte, uma demanda crescente para esse tipo de equipamento, ela conta com sistema autonivelador e jib giratório de 3,05 m.

Ricardo Bertoni
Ricardo Bertoni, gerente de vendas da JLG Latino Americana

A JLG, por sua vez, que tem o Brasil como principal mercado na América Latina, apresentou a nova versão de sua lança articulada 450AJ, totalmente redesenhada. O equipamento tem capacidade para 249,5 kg, 10% a mais do que outros modelos da mesma categoria, atingindo uma altura de trabalho de 16 m, quando montado com jib, e um alcance horizontal de 7,6 m. Segundo Ricardo Bertoni, gerente de vendas da JLG Latino Americana, outra característica da plataforma é a utilização de menos mangueiras hidráulicas. “Com uma área de 11 mil m² para estoque de peças, conseguimos agora atender pedidos de nossos clientes em apenas dois dias”, diz ele.

Outra novidade da empresa foi o lançamento do manipulador telescópico 4017RS, que eleva 4 t de carga a uma altura de até 17,10 m. O equipamento pode ser controlado por joystick ou a partir de comandos na cabine, que foi projetada para proporcionar maior visibilidade e conta com assento dotado de suspensão mecânica. “Trata-se de um manipulador indicado para aplicação em ambientes severos, como canteiros de obras e mineração”, diz Alan Loux, vice-presidente de marketing da JLG Industries.

haulotte

Entre os principais lançamentos da Haulotte, o destaque ficou com a plataforma de articulada HA20 RTJ PRO, cujo cesto realiza rotação de 180º e permite maior acessibilidade, devido ao movimento pendular vertical positivo e negativo (140º). Ela possui jib, quatro rodas direcionais, eixo oscilante e, como sua distância do solo é de apenas 42 cm, pode ser utilizada como um equipamento todo-terreno. “Outro destaque, mas que não foi trazido para a M&T Expo, é a plataforma do tipo tesoura Optimum 8”, diz Guilherme Santos, gerente geral da Haulotte do Brasil.

Luca Riga
Luca Riga, gerente de marketing da Haulotte para a América Latina

O modelo possui dimensões de 1,88 m x 0,76 m, o que possibilita acesso a locais restritos, contando ainda com dispositivo antibasculante e raio de giro de 1,80 m. Segundo Luca Riga, gerente de marketing da Haulotte para a América Latina, o equipamento permite trabalhos em alturas de até 7,8 m e tem capacidade máxima de 230 kg. “Conquistamos um importante passo, com os novos equipamentos cabendo dentro de um contêiner”, ele completa.

Já a aposta da Skyjack se concentrou na plataforma aérea SJ86T, lançada para possibilitar trabalhos em alturas de até 26,82 m e com alcance máximo horizontal de 22,10 m. Dotado de rotação contínua de 360º, o novo modelo se destaca pelas dimensões compactas, de 0,91m de comprimento por 2,44 m de largura.

“O mercado brasileiro de PTAs tem um potencial impressionante e pode triplicar ou até mesmo quadruplicar nos próximos anos”, avalia Rafael Bazzarella, gerente de vendas da Skyjack Brasil. Ele projeta esse nível de crescimento em função dos ganhos de custo e de segurança obtidos com sua utilização, algo que os usuários vão percebendo cada vez mais rapidamente com a popularização das PTAs.

skyjack

 

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