NAVEGAÇÃO OTIMIZADA NA TRAVESSIA ENTRE BELÉM E MACAPÁ

NAVEGAÇÃO OTIMIZADA NA TRAVESSIA ENTRE BELÉM E MACAPÁ

Para atender ao mercado do Amapá, a Silnave Navegação mantém cinco embarcações operando semanalmente na Baía do Marajó. A empresa de Belém, uma das maiores transportadoras da região, ganhou mais eficiência e produtividade ao adquirir da Sotreq e instalar o motor de propulsão Cat® C32 em um dos empurradores das embarcações.

“Na rota de Macapá, é preciso ter velocidade”, conta o diretor da companhia, Edivaldo Carvalho Neto. “Tem gente que está vendendo produto que ainda está na balsa, a logística virou uma coisa precisa”, explica ele.

Uma das cinco embarcações da Silnave foi completamente reformada para atender a essa rapidez exigida no comércio das mercadorias. A embarcação recebeu um motor marítimo de propulsão Cat, modelo C32, de 1200rpm a 1800rpm, o dobro da potência dos outros equipamentos da empresa.

Mais mercadorias em menos tempo

“Iniciamos as negociações em 2019 e, no ano passado, decidimos efetuar a compra do motor”, lembra Neto. “Quando ficar pronto, qualquer dia eu posso viajar com a balsa dupla em 36 horas. A ideia é aumentar a produtividade”, diz o diretor.

Cada comboio é composto de um empurrador capaz de levar até três balsas. As balsas, por sua vez, suportam até 35 carretas (600 toneladas de produtos) ou 1,2 mil toneladas de carga. Hoje, os comboios que partem às segundas, terças e quartas-feiras precisam chegar ao destino em 36 horas e, por isso, conduzem apenas uma balsa cada. As de sextas-feiras são duplas, levam o dobro de mercadorias, mas costumam desembarcar apenas no domingo. Essa relação produtividade/tempo começa a melhorar com a inclusão de um motor mais potente.

Na reforma da embarcação para a aplicação correta do motor e, consequentemente, o bom funcionamento do sistema de propulsão, o armador substituiu a caixa reversora, eixo e hélice da embarcação.

Economia de combustível

Responsável pelo negócio com a Silnave, o consultor de Marítimo da Sotreq Daniel Andrade afirma que a venda do motor C32 foi um marco na relação com o cliente. “Este projeto irá proporcionar uma operação mais eficiente para a Silnave, reduzindo o consumo de combustível em cada viagem, além de permitir uma visibilidade sobre os principais parâmetros do motor, através da ferramenta de monitoramento remoto da Caterpillar, o Remote Fleet Vision”, afirma ele. “Nossa cobertura de suporte ao produto, com disponibilidade de peças e técnicos dedicados, é o nosso diferencial na região”, acrescenta.

Andrade lembra que a principal operação logística na região amazônica é feita por meio das hidrovias. “Cargas gerais só chegam até Macapá através das operações fluviais. Não existe outra via de acesso. Com o modal rodoviário, vão até Belém e depois as carretas são embarcadas no convés das balsas para serem transportadas até o destino final”, comenta.

A Silnave é uma das cinco grandes empresas locais de transporte fluvial, tendo realizado 184 viagens em 2020. “É um cliente que busca uma relação justa, um grande parceiro. A economia de combustível sempre foi sua maior preocupação”, observa o consultor.

Modernização com motores eletrônicos

A qualidade que a Silnave implanta em suas embarcações tem a marca e a confiança Sotreq, da qual é cliente de longa data. Com cinco das suas nove embarcações em atividade, todas são equipadas com motores Cat. O primeiro negócio foi nos anos 1990, com dois 3408 (600 HP) ainda em operação. “Enfrentamos uma crise em 2015 e 2016 e renovamos o parque de máquinas”, lembra Edivaldo Neto. Nesse período, compraram quatro C18 (600 HP). “Os 3408 rodam até hoje. Gostamos muito, nunca deram problema”, observa.

A modernização da frota com motores eletrônicos resolveu o que Neto considera o principal problema do negócio na região: o desvio de combustível por tripulantes. “A gente gastava nove mil litros de diesel para fazer o trajeto. Com os C18, fazemos a mesma viagem com cerca de 7,5 mil litros, às vezes até seis mil”, compara. A Silnave é uma gigante no transporte fluvial na região Norte. Em 2020 embarcou R$ 1,6 bilhão em mercadorias para Macapá, com acesso à capital amapaense pelo Rio Amazonas.

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