A Locar Guindastes e Transportes Intermodais realizou em novembro o maior transporte rodoviário do país. A carga, um gerador de 361 t, com 12,61 m de comprimento, 4,51 m de largura e 4,04 m de altura, foi transportada por estradas federais no Rio Grande do Sul, do Porto de Pelotas até a UTE Pampa Sul, em Candiota.
A operação, contratada e feita em parceria com a Bertling Logistics Brasil Ltda, foi realizada em três etapas. A primeira foi somente de transbordo da carga entre o porto e a própria cidade de Pelotas – um percurso de oito quilômetros realizado dia 8 de outubro sobre 14 eixos. A segunda foi a rota propriamente dita, de Pelotas até Candiota, em um percurso total de aproximadamente 150 km, em apenas três dias – de 12 a 14 de novembro. Dali, dia 20 de novembro, a carga foi transportada para o seu destino final na UTE Pampa Sul,um percurso de cerca de 10 quilômetros, realizado em terceira fila de12 eixos.
Configuração de transporte
No percurso principal, entre Pelotas e Candiota, o conjunto transportador foi configurado com dois caminhões extrapesados Oshkosh6x6 de 500 CV de potência, um Scania R500 6×4 e um Scania G470 6X4, além de dois conjuntos de 22 eixos Goldhofer com 352 pneus e uma viga Cometto com miolo de 20 m, – a única viga de eixos no Brasil que consegue utilizar 22 eixos centralizados em cada distribuidor. O PBTC (Peso Bruto Total Combinado) foi de 847 t, com 125 m de comprimento e 5,8 m de largura.
Como equipamentos auxiliares, a Locar mobilizou um pórtico com capacidade de 600 t, um guindalto 6×2 com capacidade de 45005 t/m e dois guindastes telescópicos com capacidade de 80 t.
Evidentemente que um conjunto transportador desse porte requereu atenção redobrada em todo o trajeto, principalmente dentro da área urbana de Pelotas. O departamento técnico da Locar também realizou previamente um estudo de engenharia em todas as obras de arte do trajeto – que indicou a necessidade de reforço em uma delas.
Visto tratar-se do maior transporte realizado em rodovias federais no Brasil, a Locar obteve licença junto ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) e realizou a operação em estreita colaboração e integração com todos os órgãos envolvidos no transporte. Além do próprio DNIT, a Polícia Rodoviária Federal, as companhias de energia elétrica, de tráfego municipal e telefonia, além da prefeitura e empresas de engenharia.