OPERAÇÃO I
Embora nova no segmento de movimentação de cargas, a Moove Guindastes, sediada em Saudade do Iguaçu (PR), vem desenvolvendo soluções e importantes trabalhos junto a pequenas, medias e grandes empresas do setor de energia – como usinas hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas e centrais de geração hidráulica. Também tem participado de grandes obras nos setores da construção civil, indústria metalomecânica, montagens, pré-fabricados e agroindústrias. Suas atividades são voltadas principalmente à movimentação e transporte de cargas, remoções técnicas, escavações, perfurações, terraplenagens. A Moove Guindastes é pioneira no desenvolvimento de soluções para limpeza de canais de adução, tomadas d’água e grades de usinas hidrelétricas por superfície, sem necessidade de mergulho humano.
“Com a recessão econômica, a empresa tem concentrado sua atuação na Região Sul do Brasil, com expectativa de ampliação para níveis nacionais e, no longo prazo, para o mercado externo”, explica Diego Faix, que é sócio proprietário da Moove (junto com Cleber Gallina e Andrelei Menegoto, além de analista de riscos operacionais, com 12 anos de experiência em hidrelétricas. “A empresa tem investido para atender rigorosamente as exigências do mercado moderno, respeitando as normativas públicas, sociais, ambientais e as particularidades de nossos clientes”.
Dia 18 de junho, a Moove Guindastes, realizou em Guarapuava (PR), em parceria com uma empresa de Ponta Grossa, a Mega Guindastes, a movimentação e o içamento de uma caldeira flamotubular para a Engeman – Maquinas e Equipamentos Ltda. A carga, com 7,5 m de comprimento e 4 m de diâmetro, pesando 54.000 Kg, teve que ser içada a uma altura de 12 m (altura da base da caldeira). Foram utilizados na operação dois guindastes Sany STC800S – um da Moove Guindastes e outro da Mega Guindastes. Cada equipamento estava configurado com 11 toneladas de contrapesos e 26,5 m de lança. Também foram mobilizadas duas plataformas elevatórias para elevação de pessoas e dois caminhões para o transporte dos contrapesos.
Segundo Diego Faix, foram dois os desafios principais da operação. Primeiro, a dificuldade de posicionamento dos guindastes num espaço muito reduzido e de difícil manobrabilidade. “A característica de “caranguejamento” dos guindastes foi imprescindível para a alocação perfeita dos equipamentos”, diz ele. O segundo desafio compreendia a operação propriamente dita, envolvendo descarga, elevação e posicionamento da caldeira de 54 toneladas a uma altura de 12 m da estrutura base. O trabalho foi realizado com extrema cautela do início ao término. “Ambos os operadores não mantinham contato visual entre si e, parcialmente, da carga, sendo utilizado um Rigger Sinalizador para possibilitar a sincronia na elevação, o giro, e o ajuste milimétrico para finalização do posicionamento sobre a estrutura”, explica Faix.
A Moove Guindastes não abriu mão de um planejamento minucioso, realizado pelo corpo técnico próprio da empresa, que foi à campo prospectar e avaliar preliminarmente todas as condições. Na ocasião, diz Diego Faix, existiam no local apenas as bases de concreto. A análise dos desenhos construtivos do local, da estrutura base e da caldeira mostraram a necessidade de um Plano de Rigging para simulação da movimentação dos guindastes. “Conseguimos antecipar, detectar e descobrir possíveis interferências que pudessem comprometer a operação, bem como a configuração ideal para cada equipamento, os momentos de carga e taxas de utilização de cada guindaste. “A taxa de utilização de cada equipamento se manteve entre 65% e 92,3% nos momentos mais favoráveis e desfavoráveis, respectivamente, e dentro dos limiares de segurança”.