EDIÇÃO 04

EDIÇÃO 04

 

Façam suas apostas, senhores!!!

Por Marco Souto Maior

A crise financeira provoca um rombo mundial. E o tamanho do buraco, pelo menos lá fora, é enorme. A fenda abriu-se nos Estados Unidos, atravessou oceanos e tragou a Europa e Ásia. Até aqui nada de novo.

O problema é não saber exatamente as dimensões das fissuras. Pode ter o tamanho de um buraquinho ou buracão, dependendo do palpiteiro de plantão. Tanto é assim que um antigo ministro da fazenda, lá dos tempos da ditadura, costuma mandar às favas seus princípios éticos de economista para esgoelar contra seus colegas: “ninguém sabe exatamente qual é o tamanho disto, são todos uns chutadores”. E o rechonchudo deve ter razão.

Os bacharéis em economia dos órgãos oficiais, por exemplo, parecem não se entender. Enquanto o governo acha que o PIB deste 2009 pode chegar aos 4% de crescimento, os colegas abundados em mesas do Banco Central, cravam 2,9%. Tais disparidades continuam com 2,3% nas planilhas da Confederação Nacional da Indústria, com 2,9% para os crânios do Banco Mundial e, ainda, nas especulações do Banco Morgan Stanley que registram 0%. E, se assim é, porque nós matemáticos de poucos dígitos não podemos também apostar? Façam suas apostas, senhores!!!

Na edição, uma entrevista com Celso Masson, uma locadora que deslocou um guindaste do Rio de Janeiro para Minas Gerais, com o intuito de limpar a torre de uma igreja, e no InfoCrane, uma tentadora oferta de emprego para operadores de grua nos Emirados Árabes Unidos (EAU).

(Dezembro de 2008/janeiro/fevereiro de 2009)

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