Por Miguel Tadano (*)
A manutenção de guindastes envolve dois sistemas principais: sistema hidráulico e sistema elétrico. Há também um terceiro tipo de problema – mais fácil de detectar e comum a todas as máquinas – que é o problema mecânico. Problemas mecânicos são mais fáceis de detectar porque normalmente são visíveis como, por exemplo, a quebra de uma peça. Além disso, há mais profissionais experientes que sabem resolver esse tipo de problema.
Para se tornar apto a diagnosticar problemas em sistemas hidráulicos ou elétricos, no entanto, é recomendável investir em cursos técnicos de eletrônica e hidráulica ou técnico em mecatrônica. Mesmo porque, geralmente esses problemas não estão visíveis. Normalmente o que vemos é que alguma função não está operante, mas não sabemos se é um problema elétrico ou hidráulico. Primeiramente há que se descobrir isso, para tomar as próximas medidas.
Segue abaixo, um exemplo simples em duas situações (Figuras 1 e 2). Nesse exemplo, há uma válvula solenoide, no caso, uma válvula de acionamento elétrico que desvia a pressão de um lado do cilindro para o outro lado, fazendo com que o mesmo se estenda ou se retraia. Na primeira situação, a válvula está desligada, portanto a mola empurra a válvula para a esquerda e então a pressão hidráulica passa para o lado da retração do cilindro.
Na segunda situação, a válvula está ligada, portando a solenoide empurra a válvula para a direita pressionando a mola, e então a pressão hidráulica passa para o lado de extensão do cilindro. Nesse caso pode-se fazer um simples teste. É dado o comando elétrico e verificado se a voltagem (24 Volts, por exemplo) está chegando ou não até a válvula. Se sim, é um problema hidráulico; se não chegar nada, então é um problema elétrico. É fundamental que o resultado do teste esteja correto, pois o caminho a ser tomado será totalmente diferente dependendo desse resultado.
No caso de ser hidráulico, o próximo passo será checar os componentes, como bomba, válvulas e o próprio cilindro. Pode ser que a bomba não esteja fornecendo a pressão necessária, ou a válvula está com fuga interna ou emperrada, ou há fuga interna de óleo no cilindro. No caso de ser elétrico, será preciso checar fusível, interruptores, relés e conectores (Figura 3).
No exemplo acima, foi explicado de uma maneira simples a simbologia e funcionamento de alguns componentes: a válvula solenoide, cilindro hidráulico, fusível, interruptor e relé. Existem dezenas de componentes com seus respectivos símbolos. Nos cursos técnicos é ensinada a simbologia e o funcionamento desses componentes, possibilitando que se faça a leitura dos diagramas e análise do funcionamento normal dos diversos sistemas, de forma que se possa fazer testes em cada componente até localizar o defeituoso. Para aqueles que não queiram ou não possam investir em um curso, é possível pesquisar na internet os detalhes de cada componente, simbologia e funcionamento. Com isso, o responsável pela manutenção terá a base para a interpretação dos diagramas.
Um ponto importante a se atentar é que, antes de iniciar o reparo em qualquer máquina, é necessário o conhecimento da operação normal. Isso pode ser obtido através da leitura do manual de operação ou fazendo algumas perguntas rápidas para o operador do guindaste – que é a pessoa que mais conhece a operação do seu equipamento. Isso porque, se pararmos para pensar, como poderíamos fazer o equipamento funcionar corretamente se não sabemos como é o funcionamento correto? Não saberíamos qual é resultado que queremos obter, então não é possível saber os passos a serem tomados até atingir tal resultado. Também é necessário definir exatamente qual é o problema no equipamento e se há realmente um defeito ou se é uma operação incorreta que o está impedindo de executar a função.
Outro fator que conta muito é a experiência. Tive uma situação em que, ao fazer o diagnóstico de uma máquina, demorei cerca de dois dias para localizar o defeito. Alguns meses, depois percebi que as mesmas características daquele defeito ocorreram em outra máquina, então decidi fazer um teste e consegui localizar a causa em menos de 15 minutos.
Em outra ocasião, acompanhei a montagem de um circuito elétrico e perguntei para o técnico que estava analisando o circuito para que servia aquele sistema. Algum tempo depois, o cliente que comprou aquele equipamento estava dizendo que o equipamento estava com um defeito, porém, como eu já havia lido o manual de operação e tive a oportunidade de ver a instalação do sistema, pedi ao operador que fizesse um teste e, em questão de minutos, resolvi o problema que, na verdade, era apenas uma operação incorreta.
Essas foram algumas dicas e experiências adquiridas durante o desenvolvimento da carreira na área de manutenção em guindastes. Uma carreira interessante em que sempre há algo novo a se aprender pela tecnologia avançada e evolução contínua que garante a segurança dos trabalhadores envolvidos no içamento de cargas.
Ola tudo bem me chama valdiney Silva. Sou aqui de Sinop MT estou em busca de um treinamento na linha de guindaste. 70.k e 90 k e outros modelos..Pode me ajudar..meu contato 66.984112120..ou Cmte.valdineysilva@gmail.com.. obrigado
Tudo bem Miguel, estou na aérea de manutençao mecanica de guindaste offshore, voce tem como me enviar manual ou livros sobre manutenção em guindaste, agradeço e um grande abraço.
Benilson contato (27)998466131
Boa tarde Miguel!
Me chamo Luís Silva, trabalho na área de manutenção em guindastes a uns 2 anos ( SANY, XCMG e Zoomlion), já desenrolo bastante, mais preciso de mais dicas como me aprimorar mais nesta área, me dê uma ajudinha,
(91) 991019765
miguelh_t@hotmail.com