Maior transportadora de oxigênio líquido do Brasil, IC Transportes viveu seus dias de transportes especiais. Contratada pela Air Liquide Brasil a transportadora mobilizou um comboio com oito carretas, tracionadas por MB Actros que levaram 160 mil metros cúbicos de oxigênio líquido para o tratamento de pacientes do coronavírus em Manaus (AM).
A operação foi coordenada na matriz da empresa em Sumaré, no interior paulista, onde foram realizadas as ações de controle, orientação e rastreamento. As oito carretas foram abastecidas na planta da Air Liquide Brasil de Mauá, na Grande São Paulo. Mais de 50 motoristas participaram do comboio, num revezamento que permitiu que os caminhões rodassem praticamente 24 horas por dia.
Essa desafiadora operação de logística e transporte abrangeu mais de 4.000 km, desde Mauá até a capital do Amazonas, com maiores obstáculos no trecho final, nos quase 900 km da BR-319, entre Porto Velho (RO) e Manaus. A chegada à cidade envolveu ainda o transporte das carretas por balsas, visando otimizar a entrega do oxigênio.
“Essa foi a primeira vez que realizamos o transporte de oxigênio numa rota como essa. Mesmo sabendo das dificuldades do percurso, aceitamos a missão”, afirma Geisa Trevizan, gerente de Projetos da IC Transportes. “O comboio enfrentou diversos desafios ao longo do caminho. As condições das vias não eram boas e os motoristas tiveram que dormir na estrada. Outra preocupação era a saúde dos condutores, com a exposição ao vírus da COVID-19. Apesar de todas as preocupações e obstáculos, a missão valeu cada esforço. Ajudamos assim a salvar vidas”.
“Dois dias a menos de viagem, quantas vidas não significou”
“Em um momento como esse, a gente vem buscando atender hospitais da melhor forma possível, minimizando os impactos do alto consumo de oxigênio, colocando caminhões adequados e motoristas qualificados. Por isso, não medimos esforços para cumprir da melhor forma essa missão”, diz Ivan Luis Camargo, vice-presidente da IC Transportes”.
“Nesse caso específico”, relata Ivan, “quando estávamos em Porto Velho, tínhamos a opção de seguir de balsa a partir dali, mas ia levar 6 dias, e cada dia que reduzíssemos poderia resultar em vidas salvas. Quando surgiu a possibilidade de realizar essa operação por rodovia, vimos a possiblidade de fazer em menos tempo, porém sabíamos de todo o risco dessa operação”.
Na confiança de que teriam todo o apoio necessário e poderiam realizar a viagem com segurança, a IC Transportes encarou o desafio. “Enfim, fizemos com dois dias a menos e quantas vidas isso não significou. Agradecemos então, de forma especial, o apoio da Air Liquide Brasil, do DNIT e da Polícia Federal. Sem eles, não teríamos conseguido atingir o objetivo”.