Por: Jeferson Leonardo Pereira (*)
A aplicação do checklist operacional nos guindastes é uma responsabilidade crucial do operador, visando identificar danos que possam comprometer a segurança do equipamento. Ao detectar qualquer irregularidade, o operador deve registrar a não conformidade no formulário de checklist e informar a equipe de manutenção para os devidos reparos. A Norma Regulamentadora nº 12 (NR12) do Ministério do Trabalho e Emprego, torna obrigatório a aplicação do “checklist”, que é um termo originado na cultura norte-americana e significa “lista de verificação”, referindo-se ao processo de checagem das condições do equipamento antes, durante e após sua utilização.
O checklist é um formulário onde o operador registra conformidades e não conformidades de maneira ordenada, seguindo os itens da lista um a um, garantindo assim a integridade e segurança da operação. A validade do checklist é restrita ao momento de sua verificação, e em muitas culturas de segurança, é exigido que o checklist seja realizado a cada ciclo de atividade. Isso se deve ao fato de que o estado físico do equipamento pode mudar devido ao desgaste ou quebras entre as atividades, assegurando a eficiência e segurança do equipamento e das pessoas envolvidas.
No entanto, há muitos vícios operacionais no mercado, associados à imprudência, onde operadores não realizam o checklist corretamente. Muitas vezes, eles preenchem os itens sem sequer sair da cabine de operação para verificar os pontos indicados, marcando conformidades sem ler os itens. Essa prática pode validar itens não conformes, colocando em risco equipamentos, ambientes e pessoas.
O compartilhamento de checklists entre diferentes equipamentos é uma prática comum entre operadores e empresas, mas pode levar a problemas de gestão de manutenção. Formulários inadequados podem gerar falhas de informação para a equipe de manutenção, resultando em graves problemas durante a operação devido à falta de verificação de itens específicos do equipamento.
A formatação de um checklist deve seguir os critérios do plano de manutenção elaborado pelo fabricante, com a anuência de um engenheiro mecânico. Portanto, o checklist deve ser personalizado para cada tipo e modelo de equipamento. Algumas empresas padronizam o processo de manutenção com um único formulário de checklist para toda a frota, e o operador deve ser treinado para preenchê-lo conforme o plano de manutenção, com alguns itens marcados como não aplicáveis.
As operações de guindastes devem ser realizadas apenas após a verificação das condições de funcionamento e segurança dos equipamentos. Essa avaliação é feita por meio de um checklist aplicado por um operador capacitado. Esse procedimento ajuda a empresa a manter o plano de manutenção do equipamento em conformidade, garantindo a longevidade do guindaste e aumentando a eficiência da manutenção.