Por: Luís Henrique Mariano da Silva (*)
O gancho é um dos elementos principais de um equipamento de içamento, aplicado em pontes rolantes, guindastes e outros semelhantes usados na indústria, em portos, e em várias outras aplicações – inclusive é o primeiro elemento a ser selecionado na maioria dos roteiros de cálculo de fabricantes, definindo, a partir deste, todo o dimensionamento de moitões, polias, cabos de aço etc.
Na substituição do gancho, o mesmo cuidado deve ser tomado, com atenção a novos materiais disponíveis, que podem permitir utilizar ganchos mais assertivos às aplicações atuais. Uma das normas mais utilizadas mundialmente para a sua seleção é a DIN-15400, onde a escolha é relativamente simples, tomando-se o cuidado de escolher o material do gancho, a carga máxima e o grupo de mecanismo (assunto este que poderemos explorar melhor noutro artigo).
De acordo com a norma, em sua tabela 3, munidos da capacidade nominal do guindaste/ponte rolante, do grupo de mecanismo (pela FEM 1001 ou NBR:8400-2019), podemos cruzar linhas que nos levam a opções de tamanho normalizado do gancho, seja pela DIN-15401 (gancho Anzol), DIN-15402 (gancho Âncora) ou DIN-15402 forma B (Âncora com furo central).
Estas opções são determinadas sobretudo pelo material que os ganchos são fabricados, sendo os mais comuns no mercado os tipos P, S, T e V, em ordem do menos nobre para o mais nobre, portanto, mais resistente. Para equipamentos novos, costuma-se escolher um gancho de material mais nobre, sempre e quando disponível, podendo levar assim a um dimensionamento geral mais reduzido do mecanismo de elevação e mais leve, econômico. Contudo, há de se tomar cuidado com o efetivo uso do gancho, por exemplo, se as eslingas ou outros elementos de amarre, que irão trabalhar em conjunto com este, têm espaço no tamanho selecionado.
Na substituição dos ganchos, seja por qual motivo tenha sido necessária, não é raro que um material mais nobre que o original permita, nas mesmas medidas do original, uma durabilidade maior ou até um incremento desejado de capacidade no equipamento – e o projetista pode se valer desta possibilidade. Obviamente, todos os outros elementos mecânicos, estruturais e até elétricos devem ser levados em conta por profissionais habilitados para tal estudo.
Abaixo, no exemplo de seleção de um gancho com capacidade para 16 t, grupo de mecanismo M7, concluímos que o gancho número 8, em Material V, atende à aplicação, conforme transcrição da DIN-15400:
Desta forma, vemos que escolher um gancho para um equipamento novo, ou até para uma substituição, não caracteriza um trabalho necessariamente difícil, porém sim demanda atenção às normas e/ou o contato com um fabricante especialista que poderá prestar a devida consultoria para que a escolha seja a mais adequada para o seu projeto.
Nos próximos artigos, poderemos explorar melhor questões como materiais, tipos de gancho, escolha do grupo de mecanismo, escolha em função das eslingas e tantos outros assuntos que envolvem este importante elemento.
Conte sempre com a Irizar Forge, que possui um grupo de profissionais no Brasil pronto para ajudá-lo na escolha correta e viável dos ganchos de equipamento de elevação. A Irizar Forge, com mais de 100 anos de fundação, membro do Grupo Van Beest, é a maior fabricante de ganchos forjados e está presente no Brasil há muitas décadas, em condições de atender praticamente qualquer aplicação para elevação, fornecendo também outras linhas de produtos offshore e de amarração.
