Por: Camilo Filho (*)
A maioria dos acidentes com vítimas fatais envolvendo guindastes ocorre em operações próximas a redes energizadas.
A seguir, 10 dicas para reduzir esse risco:
Dica 1: Reúna os envolvidos direta e indiretamente na operação – rigger, ajudantes, sinaleiros, operadores, montadores, etc – para esclarecer os RISCOS e definir os PROCEDIMENTOS de segurança.
Dica 2: Até que se prove o contrário, TODAS as linhas estão energizadas.
Dica 3: A presença de rigger ou sinaleiro qualificado, identificado e munido de rádio e buzina de emergência na obra é OBRIGATÓRIA.
Dica 4: A área em torno da máquina deve ser ISOLADA com cavaletes, correntes, cones, etc.
Dica 5: São DISTÂNCIAS seguras: 10 ft (3,05 m) até 50 KV; 15 ft (4,60 m) de 50 a 200 KV; 20 ft (6,10 m) de 200 a 350 KV e 25 ft (7,62 m) de 350 a 500 KV.
Dica 6: NUNCA permita que partes do guindaste ou sua carga ultrapasse os limites seguros. Descargas elétricas podem ocorrer mesmo sem contato físico com as linhas.
Dica 7: Pode ser necessário ampliar a distância até as linhas em condições METEOROLÓGICAS adversas (neblina, fumaça e chuva).
Dica 8: Ocorrendo descarga elétrica, o operador deve: EVITAR o pânico, PERMANECER na cabine e tentar REVERTER o movimento que causou o problema. Como a energia é transmitida ao solo em forma de gradiente, NINGUÉM deve se aproximar.
Dica 9: Não podendo reverter a situação e tendo de abandonar a cabine antes que a energia seja desligada (incêndio do guindaste, por exemplo), o operador deve SALTAR para o chão e PULAR como canguru afastando-se da máquina e buscando auxílio médico.
Dica 10: O incidente deve ser COMUNICADO à concessionária de energia, já que as linhas podem ter sido danificadas. O guindaste deve ser INSPECIONADO: a substituição do cabo de aço, por exemplo, pode ser necessária. Em caso de dúvidas, consultar o fabricante do equipamento.