EVITE ERROS CRÍTICOS AO ADQUIRIR CINTAS TÊXTEIS

EVITE ERROS CRÍTICOS AO ADQUIRIR CINTAS TÊXTEIS

Por Jorge Vaz (*)

A aquisição de cintas têxteis, itens cruciais para movimentação de cargas, ainda enfrenta dúvidas e desafios no Brasil. Apesar de sua importância, a fabricação desses produtos não possui uma categoria específica no Código Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), dificultando a devida identificação de fornecedores habilitados.

Por isso, a verificação do fornecedor exige atenção redobrada. Para garantir que o fabricante seja de fato uma indústria têxtil, é essencial confirmar que o CNAE esteja enquadrado na Seção C, que abrange as Indústrias de Transformação, e na Divisão 13, referente à fabricação de produtos têxteis. Essa verificação ajuda a evitar problemas jurídicos, como a culpa in contrahendo, que pode responsabilizar o comprador por contratar fornecedores sem qualificação técnica.

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A famosa e conhecida tela da página da Receita Federal para emissão do “Cartão de CNPJ”

A verificação do CNAE, no entanto, é apenas o primeiro passo. Embora as cintas sejam EPCs – equipamentos voltados à proteção coletiva, portanto ainda mais cruciais que os EPIs –, não estão sujeitas às mesmas exigências legais rigorosas aplicadas a estes últimos. Por isso, redobrar a atenção e adotar boas práticas na homologação é indispensável.

Questionários de autoavaliação, comuns em processos de homologação, não são recomendados para itens críticos. Diferente desses questionários, nos quais o próprio fornecedor geralmente declara que está em conformidade, auditorias in loco permitem uma verificação real e detalhada dos processos produtivos, garantindo que atendam de fato às normas técnicas e reduzindo riscos técnicos e jurídicos.

Outro aspecto essencial é a classificação fiscal. Soluções de Consulta da Receita Federal determinaram o código NCM 6307.90.90 como o mais adequado para cintas de movimentação de cargas. Seguir essa orientação garante não apenas conformidade com as normas técnicas, mas também regularidade fiscal, evitando riscos de multas e outras penalidades tributárias.

Itens para movimentação de carga demandam rigor na escolha de fornecedores. Garantir que as cintas sejam fabricadas de acordo com as normas evita prejuízos, promove operações seguras e assegura a conformidade jurídica para a empresa.

(*) Jorge VazJorge Vaz, é Diretor Executivo da Tecnotextil, empresa pioneira na fabricação de cintas têxteis no Brasil. Com uma atuação de mais de 15 anos no ramo da movimentação de cargas, atualmente desempenha um papel chave como secretário da comissão de estudos que elabora as normas técnicas do setor. Contato: jorge@tecnotextil.com.br.

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