No dia 7 de junho, a Liebherr Brasil reuniu em sua fábrica, em Guaratinguetá (SP), seus principais executivos, autoridades locais, clientes, usuários finais e parceiros para comemorar 50 anos de atividades no país. Estiveram presentes Jan Liebherr e Stéfanie Wohlfarth, respectivamente, Presidente e Vice-Presidente do Conselho de Administração do Grupo, fundado há 75 anos no sul da Alemanha por Hans Liebherr, o inventor do guindaste de torre móvel.

Jan Liebherr, homenageado com o título de cidadão honorário pela Câmara Municipal, lembrou que o Brasil é muito importante na história de sucesso do grupo que daquele primeiro guindaste desenvolvido pelo seu avô hoje tem uma abrangência global, em mais de 50 países, em todos os continentes – com mais de 50000 colaboradores, cerca de 1500 deles no Brasil. “O meu avô era uma pessoa que reconhecia oportunidades e sabia aproveitá-las. Ele soube implementar a ideia certa, na hora certa, no lugar certo, inclusive no Brasil. E ele estava certo, o Brasil é hoje um dos mercados mais importantes para o Grupo Liebherr”.

Ele lembrou que muita coisa mudou em todos esses anos, mas a Liebherr continua a ser uma empresa que atribui grande importância para a confiabilidade, para a resiliência e a visão orientada para o longo prazo. “É isso que molda nossos relacionamentos com nossos colaboradores e, claro, com os clientes. Esse nosso pensamento e compromisso de longo prazo são particularmente evidentes aqui no Brasil. Hoje podemos dizer com orgulho que nos sentimos, totalmente em casa neste grande país”.

A fábrica brasileira

Lázaro Silva, Diretor administrativo financeiro da Liebherr do Brasil, que integra o conselho diretor da subsidiária brasileira, ao lado de Rogério Gimenez e Daniel Poll, lembrou do início das atividades da fábrica em Guaratinguetá, não por acaso escolhida por sua proximidade com a Rodovia Presidente Dutra e equidistância das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. “Em 1974, o Grupo Liebherr decidiu fabricar aqui guindaste navais e guindastes de torre muito bem em função do “boom” da indústria naval do Rio de Janeiro e da indústria da construção civil em São Paulo, além da grande força da indústria automobilística na região do ABC”.

Lázaro Silva, nascido na região, não deixou de destacar que a cidade, ao lado de Aparecida e local de nascimento do primeiro santo católico brasileiro (Frei Galvão), também pertence ao Vale da Fé, e foi onde a Liebherr soube unir a fé e o trabalho de brasileiros e alemães.

A referência religiosa antecedeu a um retrospecto, feito por ele, da trajetória da empresa no país e dos altos e baixos da economia brasileira nesses cinquenta anos. “Nos anos 70, era o tempo do milagre econômico brasileiro, com inflação alta, mas com crescimento, vendemos muitas máquinas aqui. Nos anos 80, com a crise mundial do petróleo, passamos tempos difíceis e só sobrevivemos graças à decisão dos acionistas da família Liebherr”.

Nesse período, lembrou Lázaro Silva, a Liebherr prestou serviços para terceiros e desenvolveu muitos projetos especiais, até encontrar um novo caminho com a fabricação local de dois produtos que já constavam do portfólio do Grupo Liebherr: escavadeiras e betoneiras. O que marcou a entrada da subsidiária brasileira nos anos nesses dois segmentos de mercado. Isso já nos anos 90, onde o Plano Real estabilizou a economia e os negócios da Liebherr no Brasil.

A partir daí, diz Lázaro Silva, com o grande impulso dado pela demanda mundial de commodities, nos anos 2000, a Liebherr Brasil pode diversificar sua linha de produtos. E, além de escavadeiras e betoneiras, passou a fabricar guindastes para plataformas de petróleo e construção civil, bem como escavadeiras grandes para mineração.

Na última década, marcada por rápidos ciclos econômicos, além de uma pandemia global, a empresa não deixou de investir no país: R$ 148 milhões foram investidos nas duas empresas do Grupo no Brasil.

Desses investimentos, destacam-se: linha de produção dos rolamentos de grande diâmetro, linha de soldagem, modernização dos centros de usinagem e melhorias gerais na infraestrutura da planta e a aquisição de equipamentos motorizados que melhoram as condições de trabalho e tornam os postos mais ergonômicos, produtivos e os processos ainda mais robustos em termos de qualidade.

Linha diversificada

História de uma fábrica que ainda hoje é a base de atuação e suporte da Liebherr Brasil, com uma linha diversificada de equipamentos fabricados, interna e externamente. E que, desde 2005, também conta uma segunda empresa, a Liebherr Aerospace, dedicada à fabricação de componentes para a indústria de aviação.

Atualmente, a Liebherr no Brasil atua em 11 dos 13 segmentos de produtos do Grupo Liebherr: movimentação de terra, manipuladores de materiais, tecnologia do concreto, guindastes móveis sobre esteiras e pneus, guindastes de torre, mineração, guindastes marítimos, máquinas para fundação profunda, componentes, tecnologia de engrenagens e aerospace e sistemas de transporte.

A Liebherr no Brasil é a única planta industrial do Grupo na América do Sul e hoje é responsável pela produção de escavadeiras, pás-carregadeiras e rolamentos de grande diâmetro, para o mercado brasileiro; estruturas para máquinas de mineração para fábricas da Liebherr nos Estados Unidos e na França; betoneiras e bombas de concreto para o continente americano; além de componentes complexos de sistemas aeroespaciais para atender à indústria aeronáutica nacional e global. Além disso, é responsável pelas vendas e pós-vendas desses e de outros produtos do portfólio do Grupo.

 
Futuro sustentável

Lázaro Silva lembrou aos presentes que a empresa está otimista em relação a um futuro mais sustentável e que já emprega tanto em seus processos, quanto em seus produtos novas tecnologias para redução da pegada de carbono. E sob o ponto de vista social a preocupação em gerar oportunidades de carreira e interagir com a comunidade e sociedade em geral, contribuído para atender seus anseios e necessidades.

Dentre outros programas sociais, a Liebherr Brasil investe em vários cursos de formação profissional: curso de aprendizagem em parceria com o Senai, curso de soldagem Industrial, programa jovem Talento, além de contar com um Centro de Treinamento, que oferece programas de capacitação para os colaboradores e clientes.