Por Leonardo Roncetti (*)
Uma das grandes diferenças entre os içamentos em terra e os içamentos offshore são, sem sobra de dúvidas, as ações dinâmicas, que podem gerar movimentos de grande amplitude na carga e nos moitões.
Em guindastes offshore, os moitões auxiliares pesam de 700 a 1500 kgf e os moitões principais podem pesar de 1500 kgf a valores muito superiores a esse.
Nas operações rotineiras, com a necessidade de realizar-se a conexão da carga com o gancho do moitão, podendo este estar com movimento de grande amplitude, podendo chegar a alguns metros, torna-se necessária a adoção de lingas mais leves com ganchos menores, permitindo uma operação mais segura para o pessoal de içamento.
Uma das soluções e a mais utilizada, é o cabo de extensão ou forerunner, que é uma linga de uma perna cujo gancho é de peso (cerca de 22 kgf) muitíssimo inferior ao dos moitões, atenuando bastante, eventual choque com o rigger de convés.
As principais características do cabo de extensão são:
- Deve possuir carga máxima de trabalho (CMT) maior que a CMT do moitão adicionada do fator de amplificação dinâmica;
- A linga devem possuir olhais com sapatilho;
- No olhal superior, deve possuir anel de carga compatível com a CMT da linga e dimensões do gancho do moitão;
- Comprimento de 3 metros para içamentos dentro da plataforma (onboard lift) e 6 metros para içamentos fora da plataforma (offboard lift);
- Devem possuir no olhal inferior, gancho giratório com destorcedor que permita o giro com CMT do gancho;
- O gancho deve ser do tipo automático, que fecha e trava quando é tracionado;
- O gacho deve possuir alça de manuseio, permitindo operação mais rápida e segura;
O cabo de extensão também pode ser utilizado em içamentos em terra, simplificando a forma de conexão com a carga ou afastando moitões de grande porte do pessoal ou de obstáculos em volta da carga.