O Governador João Doria visitou nesta terça-feira (17) o canteiro de obras da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. Ele acompanhou a descida da roda de corte da primeira tuneladora – equipamento conhecido como “tatuzão” – que será usada nas escavações do túnel no trecho sentido sul, entre as estações Santa Marina e São Joaquim.
A obra teve a construção retomada pela atual gestão em outubro de 2020, após paralisação desde 2016, e quando completamente concluída deverá atender a mais de 630 mil passageiros por dia.
“Estávamos com uma obra parada aqui há vários anos e ao invés de ampliarmos a judicialização, fomos para a negociação. E hoje esse tema não só está solucionado, como estamos com uma obra acelerada”, destacou Doria. “Esse é um investimento de R﹩15 bilhões em regime de PPP. Já no ano que vem, 9 mil pessoas estarão trabalhando nessa que é a maior obra de infraestrutura urbana do Brasil e da América do Sul”, completou.
A descida da peça ocorreu na VSE (Ventilação e Saída de Emergência) Tietê. A escavação chegará até a Avenida Senador Felício dos Santos, logo após a estação São Joaquim, no bairro da Liberdade. A partir do poço central, o equipamento percorrerá dez quilômetros, abrangendo dez estações, com escavações em solo.
“A descida da roda de corte é um símbolo muito importante para que o shield, conhecido como tatuzão, comece o percurso sentido sul até 31 de dezembro e o outro shield, até abril de 2022, siga sentido norte”, disse o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.
Outra etapa das obras prevê a instalação de equipamento similar para a perfuração de 5,3 quilômetros no sentido norte até a futura estação Brasilândia, com escavação em rocha.
“É um momento muito importante para a construção da Linha 6-Laranja. A roda de corte é um dos principais elementos do maquinário que fará a perfuração – que terá início em locação próxima à Ponte da Freguesia do Ó, no bairro da Água Branca”, diz o CEO da concessionária Linha Universidade, Nelson Bossolan.
Nove frentes de trabalho simultâneas
A tuneladora que percorrerá o trecho sul pesa 2 mil toneladas e tem 109 metros de extensão, com diâmetro de escavação de 10,61 metros. Ela pode perfurar aproximadamente 12 metros por dia.
A máquina possui refeitório, cabine de enfermagem e esteira rolante para a retirada do material escavado, além de cabine de comando e equipamentos auxiliares. São necessárias 45 pessoas para operar a tuneladora.
Atualmente, as obras da Linha 6-Laranja do Metrô contam com 19 frentes de trabalho simultâneas. A obra deve gerar 9 mil empregos em todo o período de construção, sendo que já foram contratados mais de 3 mil profissionais diretos e indiretos.
Sobre a Linha 6-Laranja
Com 15 quilômetros de extensão e 15 estações, a Linha 6-Laranja vai ligar a Brasilândia, na zona norte, à estação São Joaquim, na região central, reduzindo a apenas 23 minutos um trajeto que hoje é feito de ônibus em cerca de uma hora e meia. A linha deverá transportar mais de 633 mil passageiros por dia.
O traçado completo é composto pelas seguintes estações: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba-Hospital Vila Penteado, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Pompeia, Perdizes, Cardoso de Almeida, Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim. O trecho ainda facilitará a integração com a linha 1-Azul, do Metrô, 4-Amarela da concessionária ViaQuatro e 7-Rubi e 8-Diamante, ambas da CPTM.
Maior obra de infraestrutura em execução atualmente na América Latina, o empreendimento é uma PPP (Parceria Público-Privada) do Governo de São Paulo com a concessionária Linha Universidade, da qual o grupo ACCIONA é sócia. Depois de concluída, a Linha 6-Laranja será operada pela concessionária por 19 ano