Por Haroldo Aguiar
Atenta ao comportamento do mercado de guindastes articulados, que apresenta forte demanda por modelos tipo trave, a PALFINGER ampliou sua linha montada sobre caminhões com o lançamento de dois equipamentos específicos para descarga no “pé do veículo”, como eles são popularmente conhecidos no setor. Tratam-se dos modelos MD 30007 e MD 60007, que têm momento de carga de 30 tm e 60 tm (toneladas métricas), respectivamente. Eles se somam ao tradicional MD 45007, de 45 tm, possibilitando um amplo leque de escolha aos locadores que operam com guindastes em serviços de carga e descarga.
Segundo Leandro Schünke, gerente de pós-vendas da PALFINGER, esse perfil de usuário abrange cerca de 60% dos clientes da empresa, que são responsáveis pelo fato de os modelos trave responderem por 70% das vendas no setor, contra 30% dos guindastes tipo canivete. “Se contando com apenas um modelo trave, chegamos à liderança no segmento de articulados, ao ampliar a linha passamos a contar com uma considerável vantagem competitiva”, ele avalia.
O MD 30007 foi desenvolvido para operações rápidas de carga e descarga, atingindo uma altura de trabalho de 20,5 m e alcance máximo horizontal de 17,5 m. Montado em caminhões com peso bruto (PBT) mínimo de 23 toneladas, ele tem giro de 360 graus e uma abertura de sapata de 5,7 m. Já o MD 60007 é indicado para atividades que exigem maior força de movimentação, com capacidade máxima de carga de 15 toneladas (a 4 m da coluna). Ele apresenta alcances horizontal e vertical similares aos do MD 30007 e sua implementação demanda um veículo com PBT mínimo de 29 toneladas.
Crescimento em serviços
Segundo Leandro Machado, especialista técnico-comercial da unidade de negócios de guindastes da PALFINGER, os três modelos articulados incorporam recursos de série como o sistema regenerativo, que aumenta a velocidade de abertura da lança em 30%, botão de parada de emergência, que bloqueia todos os movimentos do equipamento, e filtro de alta pressão. “A bomba e os pistões, por sua vez, possuem design compacto e uma resistência que contribui para a durabilidade dos equipamentos”, diz ele. Os guindastes contam ainda com acessórios como controle remoto e guincho de cabo.
Apesar de os especialistas do setor projetarem uma retração nas vendas de guindastes para este ano, Leandro Schünke espera manter a empresa em rota de crescimento, por conta do aumento no portfólio de equipamentos oferecidos ao mercado. “Nos próximos meses, lançaremos mais dois modelos do tipo trave, de 12 tm e 20 tm de capacidade”, ele afirma. A oferta de uma maior variedade de serviços, em função de uma reestruturação da área de pós-vendas, também deve contribuir para esse resultado. Sem revelar valores, Schünke diz que a expectativa é que a área de pós-venda cresça 50% este ano em relação a 2013.
Para isto, a PALFINGER aumentou o estoque de peças em 40% e está ampliando a capilaridade de sua rede de assistência técnica. “Até 2015, pretendemos contar com cerca de 35 representantes em todas as regiões do país”, completa Schünke. O maior enfoque na área de pós-venda também passou por mudanças no processo de entrega técnica, para a conscientização dos clientes em relação à correta manutenção preventiva dos equipamentos da marca. “Não se trata apenas de um negócio adicional, mas também em garantir o desempenho dos nossos modelos e a fidelidade dos clientes.”
Novo negócio
Completando o tripé sobre o qual pretende apoiar seu crescimento, a PALFINGER lançou uma linha de cestas e plataformas aéreas, apresentada em primeira mão num evento realizado em São Paulo, que reuniu seus representantes e clientes de todo o país: o Innovation Day. A nova unidade de negócio foi implantada no final do ano passado e a expectativa é que os equipamentos sejam fabricados na unidade de Caxias do Sul (RS) a partir de 2015, para serem comercializados com financiamento pela linha de crédito Finame, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo Gustavo Rigon, gerente dessa unidade de negócio, os cestos aéreos serão oferecidos em modelos isolados para 46 kV ou não, que atingem altura de trabalho de 10 m a 24 m. “Eles se destinam a concessionárias de energia e seus prestadores de serviços em rede elétrica, que demandam equipamentos de elevado padrão de segurança para esse tipo de atividade”, diz Rigon. Os cestos serão produzidas em joint-venture com a argentina Hidro Grubert e, segundo o executivo, atendem a todas as exigências da norma reguladora NR-12, que trata da segurança em trabalhos com equipamentos.
As plataformas aéreas montadas sobre caminhões, por sua vez, contam com tecnologia da própria PALFINGER, desenvolvida na Itália e Alemanha. Elas atingem alturas de trabalho de 13,5 m a 102,5 m, contando com cestos com capacidade para duas a sete pessoas. O maior modelo tem um alcance horizontal de 39 m e a linha conta ainda com acessórios – de série ou opcionais – como controle remoto, manipulador de postes, porta-pallets, garras e outros.