O ANO DAS ESTAÇÕES
A pandemia em 2020 instaurou um novo regime de estações para locadores, transportadores e seus fornecedores. Tudo parecia bem na virada de 2019, mas, antes mesmo de cairem as águas de março, fechando o verão no Hemisfério Sul, o que desabou sobre todos foi a Covid-19, com as consequências que todos conhecem.
Investimentos foram postergados, obras pararam e, para a maioria, o novo outono se prolongaria não até o final de junho, mas, por pelo menos, um mês mais, já no inverno austral, quando o ritmo de atividades ganhou uma velocidade surpreendente, anunciando uma primavera, razoavelmente florida, para os negócios. E ela veio: às vésperas de um novo verão, o segmento está a plena carga.
Esse é o cenário, com base em enquete realizada em novembro pela Crane Brasil. Embora sem o respaldo estatístico de uma pesquisa, ele evidencia fatos e tendências importantes. O segmento, como todo o país, realmente, viveu um “stop and go” no decorrer do ano. E ninguém quer passar por isso novamente: em um momento, ver a frota devolvida e recolhida no pátio; em outro, para “corrrer atrás do prejuízo”, não ter como contratar pessoal, ou mesmo comprar equipamento, porque não havia disponibilidade. Não há planejamento que resista a um regime desses.
No entanto, a expectativa, em geral, é positiva. Não faltam projetos e obras, como demonstrado no último trimestre, a campanha de vacinação, de um jeito ou de outro, virá, e as empresas acreditam estar melhor preparadas para enfrentar nova turbulência. O que se espera, como lembrou um dos entrevistados, é que “consigamos trabalhar os 12 meses do ano”. Que assim seja. Um 2021 inteiro, pleno de realizações.
Wilson Bigarelli – editor da Crane Brasil
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