GUINDASTES: 14 PONTOS PARA UMA OPERAÇÃO CORRETA

Por Camilo Filho

A operação com guindastes não é brinquedo para crianças. Em países do primeiro mundo, o operador de guindaste – seja ele de que tipo ou capacidade for – deve possuir carta de habilitação, emitida por órgão certificador credenciado. Lamentavelmente, no Brasil e nos demais países da América do Sul, não há este tipo de exigência. Por outro lado, os proprietários de guindastes estão cada vez mais conscientes da necessidade da formação adequada dos operadores de seus equipamentos, pois o seu patrimônio está nas mãos do operador, assim como a integridade das cargas, pessoas e demais bens materiais que poderão estar envolvidos em caso de acidente.

A norma brasileira NBR 14768, de novembro de 2001, especifica um equipamento articulado e extensível, instalado sobre um veículo de carga destinado ao levantamento e movimentação de cargas. Além disto, estabelece os requisitos construtivos e os do circuito hidráulico e válvulas de segurança, além da identificação e instalação de um guindaste articulado.

A ATENÇÃO FAZ A DIFERENÇA:

1) O conhecimento da carga, seu peso, dimensões, pontos de içamento, etc.

2) O local de onde e para onde será movimentada a carga também deverá ser previamente conhecido.

3) Escolher, com muita atenção, o local, (qualidade/compactação do solo; existência de galerias subterrâneas, etc.) onde serão e em cada um dos pontos de apoio onde estará distribuído o peso do guindaste + carga sobre as sapatas estabilizadoras.

4) A escolha do guindaste e sua respectiva integração veicular devem estar adequadas para a carga a ser movimentada.

5) O operador do guindaste deverá estar capacitado e com total conhecimento das reações do conjunto guindaste + caminhão.

6) O guindaste deve estar equipado com dispositivo de segurança para inibir/limitar sua operação fora do gráfico de cargas.

7) A integração veicular do guindaste com o caminhão deve ter um projeto, o qual deverá ser executado e assinado por um engenheiro habilitado, assim como obedecer as leis vigentes tanto dimensional quanto de distribuição de carga sobre os eixos (“Lei da Balança”).

8) Os materiais e demais acessórios do sobre-chassi ,que fazem parte da integração veicular, devem ser escolhidos com base em estudo de estabilidade do conjunto caminhão + guindaste.

9) Abrir completamente os braços estabilizadores do guindaste e travá-los antes de iniciar a operação de içamento da carga.

10) Os suportes sobre os quais as sapatas estabilizadoras estarão apoiadas deverão estar aptos e adequados para suportar a carga e distribui-la igualmente sobre o solo.

11) Os freios de estacionamento do veículo devem ser acionados. O contato dos pneus com o solo, no caso de guindastes articulados, é mandatório para garantir a estabilidade do conjunto.

12) Os suportes /equipamentos para suspensão da carga devem estar em perfeitas condições de uso.

13) Os movimentos do guindaste durante as operações elevação/abaixamento da carga não devem ser bruscos.

14) Exija de seu fornecedor de guindastes os estudos de estabilidade e distribuição de cargas sobre os eixos do caminhão e confronte esse estudo com a instalação realizada pela empresa responsável pela integração veicular.

LEIA MAIS DICAS DE IÇAMENTO

 

 

4 comentários em “GUINDASTES: 14 PONTOS PARA UMA OPERAÇÃO CORRETA

  1. Muito bom! Vamos crescer essa área de guindaste, muitos guindasteiros precisam aprender cada vez mais no meio deste mercado.

  2. Pela norma, quantas pessoas precisam ter na ora de operar o guindauto? Eu falo no caminhão 2 ou 3 pessoas?

  3. bom dia,
    gostaria de saber quanto é o torque dos parafusos da ” mesa de giro ” do guindaste pelegrine de 16 ton

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

error: Conteúdo com direito autoral
×