TRANSPORTE COM SPMT TERÁ NORMA

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Reconhecido mundialmente pelo rigor com que trata assuntos relacionados à segurança, o mercado europeu promete aumentar ainda mais o controle nas operações com transportadores modulares autopropelidos (SPMT). Após relatos de acidentes com a utilização desses equipamentos no Velho Mundo, a principal entidade do setor no continente, a ESTA (European Association of Abnormal Road Transport and Mobile Cranes), criou um grupo de trabalho com o objetivo de elaborar novas diretrizes de segurança para a operação de SPMTs.

Transportadoras especializadas em cargas pesadas observaram um alto índice de tombamento nas operações com plataformas autopropelidas, mesmo nas situações em que seguiam as normas e cálculos de estabilidade estabelecidos. “A utilização de SPMTs tem crescido exponencialmente em muitos mercados, sendo que alguns deles sequer contam com normas para a operação desses equipamentos”, alerta David Collett, executivo da transportadora britânica Collett & Sons e presidente da ESTA.

Ele ressalta que, além dos riscos de vida que um acidente dessas proporções pode ocasionar, há ainda o comprometimento a todo o projeto, com a possível perda da carga ou atrasos no cronograma. Como ponto de partida para os estudos, a ESTA encomendou da consultoria holandesa Euro-Rigging um modelo matemático comum a todo o setor, para determinar as forças que atuam sobre um SPMT e sua carga durante a operação. A estabilidade da operação, segundo o estudo, está relacionada principalmente à elasticidade ou rigidez do sistema, com as consequentes deformação que ocasionam à plataforma.

A capacidade de sustentação do terreno, o correto dimensionamento dos pneus e a incidência de ventos figuram como principais itens a serem observados. “A velocidade afetar diretamente a capacidade da plataforma e, portanto, em terrenos com menor capacidade de sustentação, o mais indicado é diminuir a velocidade de deslocamento”, diz Andre van der Steen, engenheiro responsável pelos estudos realizados pela Euro-Rigging.

O especialista destaca que, apesar de envolver uma grande quantidade de cargas atuando em sua operação – de forma semelhante aos guindastes – as plataformas autopropelidas não contam com tabelas de carga. Sua observação, para bom entendedor, pode significar um alerta. A meta da ESTA é concluir os estudos e publicar a nova norma ainda este ano.

 

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