NOVO CONCEITO EM TRANSPORTE PESADO

 

Transporte das prensas termina dentro de um mês.

A demanda pelo transporte de cargas cada vez maiores, em peso e dimensões, vem popularizando no mercado os transportadores modulares autopropelidos (SPMT, das iniciais em inglês), que viabilizam a movimentação de grandes equipamentos em áreas com pouco espaço e pistas irregulares. Essa tendência, já consolidada nos países industrializados, começa a se difundir também no Brasil, como demonstra a experiência da Transdata. Em 2014, a empresa adquiriu novos módulos que, somados às aquisições realizadas nos dois anos anteriores, a posicionam como a transportadora com a maior frota de SPMT do Brasil, totalizando 150 linhas de eixo autopropelidas.

“Com esse investimento em tecnologia, estamos nos preparando para atender à necessidade dos clientes por soluções em movimentação de cargas complexas”, afirma Luiz Natal Laurenti, diretor de operações da Transdata. Ele explica que as linhas de eixo são compostas por módulos de quatro e seis eixos, todos fornecidos pela Cometto, o que viabiliza a utilização de várias unidades em um único conjunto transportador. “O equipamento é comandado por um sistema de direção eletrônico, por meio de um computador de bordo e guiado pelo operador através de controle remoto, dispensando o uso de cavalo mecânico.”

O acionamento hidrostático fica por conta da unidade Power Pack (PPU), que viabiliza a direção e elevação do conjunto transportador. Cada eixo suporta 40 t de carga, o que confere uma capacidade de 240 t, aos módulos de seis eixos, e de 160 t, aos de quatro eixos. Com isso, a junção de vários módulos confere flexibilidade para formar diferentes configurações de conjuntos, de acordo com o peso e dimensão da peça a ser transportada. “Como seus eixos têm capacidade para realizar movimento de rotação, o equipamento tem alta mobilidade e realiza curvas em áreas com pouco espaço”, completa o executivo.

Ilustrando a aplicação do equipamento, Laurenti afirma que as linhas de eixo foram utilizadas no transporte de componentes da prensa que a Nissan instalou em sua fábrica, localizada em Resende (RJ), para a produção da carroceria dos automóveis. “As peças, que pesavam de 50 t a 200 t, foram carregadas no costado do navio, no porto do Rio de Janeiro, e transportadas até o complexo industrial em construção.” Nessa operação, a Transdata mobilizou as linhas de eixo autopropelidas em conjunto com uma viga transportadora bipartida.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

error: Conteúdo com direito autoral
×