LIEBHERR INVESTE EM SUPORTE E GUINDASTES SEMINOVOS

liebherrdestaquesfamiliaUm grande evento marcou os 40 anos de atuação da Liebherr no Brasil, nas instalações da empresa, em Guaratinguetá (SP). Estiveram presentes cerca de 300 convidados, entre clientes da marca, autoridades e até mesmo o presidente mundial do Grupo, Willi Liebherr e sua irmã, a vice-presidente, Isolde Liebherr. Richard Klemens Stroebele, diretor superintendente da Liebherr Brasil, fez um balanço do histórico da empresa no país e reafirmou a expectativa positiva da Liebherr em relação a “futuras oportunidades e desafios deste mercado altamente dinâmico”.

Segundo ele, a subsidiária brasileira é uma das poucas do grupo que tem caráter multi-operacional, fabricando produtos de várias linhas e responsabilizando-se diretamente pelas vendas e serviços prestados aos usuários da marca. “Nos obrigamos a colocar diariamente em prática nossa capacidade de adaptação, de sermos ágeis, eficientes e colaborativos”.

liebherrdestaquefachadaNos últimos 10 anos, segundo ele, a receita de vendas da Liebherr Brasil GMO Ltda. aumentou mais de oito vezes – passando dos R$ 63 milhões (US$ 22,5 milhões) em 2003 para quase R$ 450 milhões (US$ 258 milhões) em 2013. No ano passado, foram entregues mais de 200 equipamentos para movimentação de terra e de material, e mais de 1.300 caminhões betoneira. Contabilizando-se em média, em termos de volume de negócios, um crescimento de 25% ao ano.

“A previsão para 2014 é de, aproximadamente, R$ 550 milhões (US$ 250 milhões), ou seja, um crescimento de 22%, considerando-se o faturamento de vários guindastes offshore”.

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Richard Stroebele

Stroebele lembrou que a Liebherr, em quatro décadas de atuação no Brasil, vivenciou várias conjunturas econômicas, com momentos de alta ou baixa atividade em seus mercados tradicionais. “Todas essas fases exigiram muito da Liebherr no Brasil e, com apoio próximo do Grupo na Alemanha, soubemos nos estruturar, confiantes no potencial do mercado brasileiro. Por isso, só podemos esperar para a Liebherr Brasil nada menos do que uma excelente perspectiva para o futuro”.

Histórico

No esforço de reconstrução da Alemanha no pós-guerra, Hans Liebherr abriu sua primeira fábrica, em 1949, na cidade de Kirchdorf, no sul do país. Iniciou com uma linha de gruas de fácil montagem e transporte e, já na década seguinte, começou a fabricar as primeiras escavadeiras hidráulicas da Europa.

De lá para cá, o grupo ganhou corpo transformando-se em um conglomerado que hoje conta com 130 empresas (40 delas de produção) em 17 países, 39 mil funcionários e um faturamento de 9 bilhões de Euros em 2013. O Brasil entrou nessa história em 1974, quando Hans Liebherr adquiriu um terreno de 25.000 m² em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, em São Paulo.

Ele estava otimista com os negócios feitos via Europa e decidiu produzir no Brasil navios e guindastes offshore. O primeiro galpão ficou pronto em 1975 e, dois anos depois, foi entregue o primeiro guindaste de bordo fabricado no país a um estaleiro local. Até 1980, a produção local foi diversificada: gruas 90/1800 (em 1978); guindastes telescópicos sobre pneus LT1080 e gruas 30 K (1979); e guindastes offshore (1980).

Em 1983, a Liebherr Brasil começou a desenvolver e fabricar escavadeiras eletro-hidráulicas para projetos especiais de terraplenagem e mineração; em 1987, os caminhões betoneira; e, em 1989, as escavadeiras hidráulicas com caçamba padrão.

Na década de 90, a Liebherr, como o próprio Brasil, sofre um revés e suspende a fabricação de guindastes de bordo e guindastes telescópicos sobre pneus.  Até 2005, com exceção da entrada do Grupo Liebherr no mercado aeronáutico brasileiro (trens de pouso e equipamentos hidráulicos e pneumáticos) a empresa, que já contava com um segundo galpão, manteve um portfólio de fabricação local de equipamentos, que variou segundo as necessidades do mercado.

Nos últimos 10 anos, a Liebherr voltou a investir nos seus mercados mais tradicionais (construção e mineração) respondendo ao novo ciclo de crescimento gerado pela estabilização da economia brasileira. Iniciou a fabricação de equipamentos de mineração de grande porte, construiu um terceiro galpão para montagem final de equipamentos de movimentação de terra e mineração, retomou a fabricação local de gruas e instalou uma bancada de testes para dar suporte ao fornecimento de guindastes offshore para produção e exploração de petróleo.

Hoje, ao completar 40 anos no país, a Liebherr Brasil GMO Ltda é uma unidade multi-operacional, que fabrica e dá suporte a linhas de produto de quase todas as linhas de negócio do Grupo, com foco nos mercados de movimentação de terra, tecnologia de concreto, gruas e guindastes marítimos.

Em uma área de produção de 200.000 m², o programa de fabricação local inclui: escavadeiras sobre esteiras modelos R944C, R954C, R964C e R974C; máquinas para movimentação de materiais A964C e carregadeiras de rodas L538, L556 e L580. Também fabrica localmente a grua modelo flat-top 85 EC-B5b e concentra as atividades de sua Divisão Marítima nos guindastes offshore, Board Crane BOS 4200 e o guindaste de mastro série MTC 3100 C.

Suporte e treinamento

Uma particularidade da Liebherr Brasil, no mercado nacional e perante a outras subsidiárias do Grupo, é que a empresa assume por conta própria o trabalho de comercialização e suporte de sua linha de produtos. Para tanto, estruturou uma rede de 18 escritórios que emprega atualmente 600 funcionários, entre técnicos, engenheiros e pessoal administrativo. Para atender aos mercados de construção e mineração, essa rede é subdividida por regiões: Sudeste (a própria fábrica e equipes em São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Contagem, Vitória e Macaé); Nordeste e Centro Oeste (unidades em Alto Horizonte, Goiânia, Cuiabá, Corumbá, Recife e Salvador); Norte (Carajás, Altamira e Porto Velho); e Sul (Porto Alegre e Curitiba).

Para treinamento e formação de pessoal, a Liebherr Brasil criou um centro próprio de treinamento em 2012, conta, há mais de 10 anos, com cursos internos de soldagem, e estabeleceu dois programas em parceria com o SENAI: Projeto Jovem Talento Liebherr e Jovem Aprendiz.

Guindastes seminovos

liebherrdestaquesseminovosgeralAo criar em 2014 um galpão exclusivo para reparos de guindastes móveis em suas instalações em Guaratinguetá (SP) e passar a comercializar também equipamentos usados, a Liebherr Brasil dá mais um importante passo para consolidar a sua liderança no mercado de guindastes automotivos no Brasil. Uma história que teve início efetivamente no país em 1995. Até então, a empresa tinha se limitado sua atuação nessa área aos poucos modelos que conseguia fabricar localmente. Em 1995, no entanto, conseguiu superar barreiras fiscais, burocráticas e financeiras, e passou a comercializar no Brasil guindastes de última geração fabricados na Alemanha. “É uma história, que já começa a ter sua história, seu tempo”, lembra César Schmidt, gerente da área de Guindastes Móveis sobre Esteiras e Pneus da Liebherr Brasil. “Foi uma decisão acertada e hoje os clientes nos garantem uma participação de 79,7% nesse segmento”.

O novo galpão, com 21.000 m2 de área construída e 5.000m2 de área coberta, reúne toda a estrutura de vendas e pós-vendas dessa unidade de negócios e, uma estrutura completa de oficina e almoxarifado. A instalação conta com duas pontes rolantes que, combinadas, garantem uma capacidade de içamento de equipamentos de até 100 t. Há também uma bancada de testes para lanças telescópicas. A vantagem, nesse caso, é que não é preciso levar todo o guindaste para reparar somente a lança – um dispositivo da bancada movimenta a lança sem o equipamento. O local também conta com pit de lubrificação, área dedicada para calderaria e solda desses equipamentos e área para teste de carga com piso reforçado.

Essa estrutura garante um padrão de qualidade de fábrica, tanto nos serviços prestados aos clientes, quanto nos guindastes seminovos que passaram a ser comercializados. Nesse último caso, o objetivo, segundo César Schmidt, é oferecer alternativas para aquisição de equipamentos novos (exigência de muitos contratantes), aceitando o equipamento usado como parte do pagamento. E também poder oferecer equipamentos seminovos, com preços mais baixos e prazos de entrega mais reduzidos. Ele reconhece que é algo novo no Brasil, onde a revenda de guindastes usados ainda não envolve os fabricantes. “Não há referência de preços nesse mercado e por isso inicialmente tomamos por base padrões internacionais. Mas ninguém revoga a lei de oferta e procura e temos uma equipe preparada para negociar”.

 

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