O IÇAMENTO DE UM ELEFANTE

O IÇAMENTO DE UM ELEFANTE

elefantefilmeEm plena quarta-feira de cinzas, dia 10 de fevereiro passado, um elefante resolveu criar sua própria micareta na cidade de Siliguri, estado de Bengala Ocidental, na Índia. Selvagem, a fêmea da espécie, desgarrada de sua manada, havia saído da floresta de Baikunthapur, onde vive, provavelmente em busca de comida, atravessando estradas e cruzando um pequeno rio.

No vilarejo, desfilou sobre casas, automóveis e motos, deixando o mesmo rastro de sujeira e restos que se viu nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro após a passagem dos blocos de rua com seus milhares de foliões. Apenas, proporcionalmente, de dimensões um pouco maiores.

A príncipio em pânico, os siligurienses correram. Alguns mais animados e menos temerosos, passaram a rodear o animal ou a segui-lo, como se faz com os trios elétricos brasileiros. Ou, como é usual no Sambódromo ou na Sapucaí, a se aglomerar em varandas e telhados para fotografar e filmar o paquiderme.

O desfile durou cinco horas em harmonia mais perfeita que a da escolha da campeã do carnaval paulistano. A elefoa não pisoteou nem trombou nenhum popular. Ela própria assustada com a repercussão de sua passagem, tentava em vão encontrar o caminho de volta à floresta.

Policiais entraram em cena na avenida e silenciaram a passista gigante com três doses de tranquilizante. Levada a um parque para paquidermes domesticados, mantido pelo Departamento Florestal do estado, lá ficou até que passasse a sedação.

Para completar o espetáculo, dois guindastes telescópicos da Escorts, uma das maiores fabricantes de equipamentos de elevação de cargas, construção, ferroviários e componentes automotivos da Índia foram mobilizados. Os modelos Hydra 14, com capacidade para 14 t cada, ergueram a elefoa embarcando-a em um caminhão, para devolvê-la à floresta em um merecido período de retiro.

 

 

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